Berlim saúda "êxito" da UE após Ancara proibir voos para Minsk
A Alemanha considerou hoje que a decisão de Ancara de proibir cidadãos iraquianos, sírios e iemenitas nos voos da Turquia para a Bielorrússia é um "primeiro êxito" das conversações iniciadas pela União Europeia (UE) sobre a crise migratória polaco-bielorrussa.
© Reuters/Maxar Technologies
Mundo Migrações
As conversações em curso com os países de origem e trânsito dos migrantes, bem como com as companhias aéreas, "já estão a ter algum sucesso, pelo menos hoje", disse, em Berlim, uma porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão, a propósito da decisão da Autoridade de Aviação turca.
A companhia aérea bielorrussa Belavia anunciou hoje que as autoridades turcas proibiram cidadãos da Síria, Iraque e Iémen de embarcarem em voos da transportadora com destino à Bielorrússia.
"De acordo com uma decisão das autoridades da Turquia, os cidadãos do Iraque, Síria e Iémen vão deixar de ser autorizados nos voos entre a Turquia e a Bielorrússia", a partir de hoje, disse a Belavia, num comunicado.
A decisão de proibir o acesso aos voos nestas circunstâncias foi tomada num momento em que vários milhares de migrantes que pretendem ir para a Europa, principalmente oriundos do Médio Oriente, estão retidos em condições difíceis na fronteira entre a Bielorrússia e a Polónia.
A UE acusa Minsk de orquestrar o fluxo migratório, em particular através da emissão de vistos, como retaliação às sanções ocidentais impostas ao regime de Alexander Lukashenko após a repressão brutal de dirigentes da oposição.
Bruxelas está a tentar há vários dias conter as chegadas na Bielorrússia, sobretudo através de contactos com vários países, especialmente da região do Médio Oriente, para convencê-los a evitar que as pessoas embarquem em voos para Minsk.
A Turquia é o primeiro país a decretar tal proibição.
Istambul, a maior cidade da Turquia, tem dois aeroportos internacionais que a tornam um importante centro de tráfego aéreo entre o Médio Oriente e a Europa.
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