União Africana pede "retoma imediata" do diálogo entre militares e civis

A União Africana (UA) apelou hoje para uma "retoma imediata" do diálogo no Sudão depois de as forças militares terem detido vários líderes civis do Governo de transição, incluindo o primeiro-ministro.

Golpe de Estado Sudão

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Lusa
25/10/2021 12:03 ‧ 25/10/2021 por Lusa

Mundo

Sudão

 

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"O presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, tomou conhecimento com profunda consternação dos graves desenvolvimentos no Sudão", disse a organização pan-africana numa declaração, apelando para "a retoma imediata das consultas entre civis e militares" que partilham o poder desde 2019.

"O diálogo e o consenso são a única forma de salvar o país e a sua transição democrática", acrescentou.

O Ministério da Informação sudanês anunciou hoje de manhã que "a maioria dos ministros e membros civis do Conselho de Soberania foram detidos (...) por forças militares", incluindo o primeiro-ministro, Abdallah Hamdok, "depois de este se ter recusado a apoiar o golpe".

A Associação de Profissionais, um dos grupos que liderou a revolta de 2019 que pôs fim à ditadura de 30 anos de Omar al-Bashir, já denunciou o que considera ser um "golpe militar".

Juntamente com os sindicatos de médicos e bancários, a organização apelou à desobediência civil em Cartum, a capital do país, um dos mais pobres do mundo, que tinha já sido palco de uma tentativa de golpe de Estado há um mês.

Durante a manhã, o exército disparou "munições reais" contra manifestantes reunidos em frente ao quartel-general do exército no centro de Cartum, de acordo com o Ministério da Informação.

O enviado das Nações Unidas (ONU) para o Sudão, Volker Perthes, apelou "às forças armadas para libertarem imediatamente os detidos", considerando "inaceitáveis" as detenções de quase todos os civis que integram a autoridade de transição.

Os Estados Unidos manifestaram-se "profundamente preocupados", alertando que "qualquer mudança no governo de transição põe em risco a ajuda" norte-americana ao país.

Em 2019, o Sudão esteve suspenso da União Africana durante três meses, após a queda de Omar al-Bashir.

Leia Também: Sudão: UE "muito preocupada" apela à "rápida libertação" de dirigentes

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