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Rússia permanece "obstáculo" à paz na Ucrânia

O secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, acusou hoje a Rússia de constituir "um obstáculo" à paz na Ucrânia, acusando Moscovo de desestabilizar a região do mar Negro.

Rússia permanece "obstáculo" à paz na Ucrânia
Notícias ao Minuto

17:14 - 19/10/21 por Lusa

Mundo chefe do Pentágono

"Apelamos à Rússia que ponha termo à sua ocupação da Crimeia e termine a prolongada guerra no leste da Ucrânia e as suas atividades desestabilizadoras no mar Negro e ao longo das fronteiras ucranianas", afirmou Austin.

"A Rússia iniciou esta guerra e a Rússia obstaculariza à sua resolução pacífica", acrescentou no decurso em Kiev com o seu homólogo ucraniano, Andriy Taran.

A Ucrânia está confrontada desde 2014 com uma guerra que a opõe aos separatistas pró-russos, que o Ocidente considera serem apoiados política e militarmente por Moscovo.

O conflito, que surgiu algumas semanas após a anexação da Crimeia -- e na sequência do derrube do Presidente pró-russo Viktor Yanukovytch durante a designada "revolução do Maidan" em fevereiro do mesmo ano --, provocou mais de 13.000 mortos.

Austin efetua atualmente uma visita em torno do mar Negro. Na segunda-feira esteve na Geórgia, uma outra ex-república soviética que à semelhança da Ucrânia ambiciona a adesão à NATO. De seguida desloca-se à Roménia, já membro da Aliança.

O responsável pela Defesa de Washington considerou hoje que a deslocação se destina a fortalecer a cooperação com os países da região face às "atividades" da Rússia.

"Esta região permanece crucial para nós", declarou, enquanto diversos países ocidentais se inquietam pelo crescente desinteresse de Washington face ao Velho Continente em benefício da ampla zona da Ásia-Pacífico.

O seu homólogo ucraniano, Andriy Taran, manifestou que sempre manifestou confiança nos norte-americanos.

"Não temos qualquer dúvida quanto ao apoio do nosso parceiro estratégico, Os Estados Unidos compreendem a importância do combate da Ucrânia para a sua independência e para repelirem a agressão russa", disse Taran.

No final de agosto, o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e Taran deslocaram-se a Washington, onde o Presidente Joe Biden lhes prometeu apoiar a Ucrânia face à Rússia.

Zelensky partiu com a promessa de uma ajuda militar suplementar de 60 milhões de dólares (51,7 milhões de euros), em particular mísseis antitanque. Uma parte desta ajuda foi entregue na segunda-feira a Kiev.

Segundo Joe Biden, desde 2014, os Estados Unidos concederam pelo menos uma verba de 2,5 mil milhões de dólares (2,1 mil milhões de euros) às forças armadas ucranianas e à sua indústria militar.

Em troca, Washington exige um "aprofundamento sério" das reformas nas suas forças armadas, e uma melhor eficácia governativa, em particular para combater a corrupção, que permanece endémica na Ucrânia, considerado o país mais pobre da Europa.

Estas reformas têm como objetivo o reforço da cooperação com a NATO, apesar da forte oposição da Rússia a uma eventual adesão à aliança militar ocidental pelo seu vizinho do sul.

No entanto, e até ao momento, europeus e norte-americanos têm demonstrado pouco empenhamento em acelerar a integração ucraniana na Aliança.

Leia Também: UE e Ucrânia assinam novos acordos e dizem-se cada vez mais próximas

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