O Tribunal Militar de Ituri (nordeste) condenou, num julgamento que começou em 17 de setembro, quatro coronéis das Forças Armadas Congolesas (FARDC) e um coronel da Polícia Nacional Congolesa a 10 anos de prisão.
Segundo o tribunal, os cinco homens foram expulsos das suas funções.
Dois outros coronéis das FARDC foram condenados a 12 meses de prisão, sendo que outros dois, que também tinham ido a julgamento, foram absolvidos pelo tribunal militar.
Em 21 de julho, um total de oito oficiais do Exército e um oficial da Polícia Nacional Congolesa foram detidos após uma investigação da Inspeção Geral das FARDC ter encontrado provas graves de apropriação indevida de fundos atribuídos à compra de rações para soldados que combatiam em Ituri.
Os advogados de defesa recusaram-se a indicar se iriam recorrer, assinalando que a lei permite cinco dias para o fazer.
As províncias de Ituri e Kivu Norte estão cercadas, desde 06 de maio, para o combate de grupos armados que aterrorizam os civis. Devido aos conflitos, o Presidente Félix Tshisekedi substituiu as autoridades civis por oficiais do Exército.
A província de Ituri, rica em ouro, vive um ciclo de violência desde finais de 2017, com a chegada da milícia Codeco que afirma defender os lendu, uma das comunidades da província.
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