"A Austrália, no que respeita ao AUKUS, continua absolutamente em sintonia com as suas obrigações [de não-proliferação de armas nucleares]", disse a ministra dos Negócios Estrangeiros australiana, Marise Payne, num artigo de opinião publicado no 'site' do Ministério dos Negócios Estrangeiros australiano.
Payne admitiu que alguns países da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) expressaram preocupações "legítimas" sobre o AUKUS, que inclui o desenvolvimento de submarinos nucleares na Austrália.
A Austrália defendeu que o pacto ajudará a manter a paz, a segurança e o Estado de direito no Indo-Pacífico, o cenário de disputas territoriais no Mar do Sul da China e a navegação livre numa área que alberga um terço do comércio marítimo mundial e é rica em petróleo e gás.
Pequim vê o pacto trilateral com suspeita, enquanto a Malásia e a Indonésia estão preocupadas com a possibilidade de o AUKUS poder levar outras potências a agir de forma mais agressiva na região.
Da mesma forma, a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, salientou horas após o anúncio do pacto que os submarinos nucleares não entrariam nas águas territoriais da Nova Zelândia, de acordo com a sua política anti-nuclear no Pacífico.
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