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Candidato Olaf Scholz, o "número dois" de Merkel que veio salvar o SPD

O candidato do Partido Social Democrata alemão (SPD), Olaf Scholz, apelidado em 2003 de "Scholzomat", uma mistura entre o seu nome e a palavra "máquina", veio dar um novo fôlego ao partido.

Candidato Olaf Scholz, o "número dois" de Merkel que veio salvar o SPD
Notícias ao Minuto

09:33 - 19/09/21 por Lusa

Mundo Alemanha

Foi o primeiro a chegar-se à frente na corrida às eleições legislativas de 26 de setembro, mas não partiu como favorito. Meses antes, tinha sido derrotado nas votações internas do partido para eleger um novo líder.

Mas o tecnocrata, que durante meses esteve muito atrás da União Democrata-Cristã (CDU), partido de Angela Merkel, e dos Verdes, soube esperar por dias melhores. Falando pouco, evitando escândalos e agarrando-se à imagem de estabilidade, Scholz conseguiu que o SPD liderasse as intenções de voto pela primeira vez em 16 anos.

Ministro das Finanças e vice-chanceler desde 2018, é o candidato com mais experiência de Governo, além de ter sido presidente da câmara de Hamburgo entre 2011 e 2018.

Com 63 anos, Scholz soube usar os seus trunfos: uma imagem segura e pouco controversa, que prefere ações a revoluções.

A gestão das crises provocadas pela pandemia de covid-19 e das cheias que abalaram parte do país no mês de julho, tem dado mais consistência a uma imagem pouco carismática.

Entrou para o SPD nos anos 70 e foi membro do Bundestag de 1998 a 2011. Em 2003 o jornal Die Zeit dava-lhe a alcunha de "Scholzomat", uma combinação do seu nome com "Automat" (máquina), por causa do seu uso de jargão tecnocrático.

Integrou o primeiro Governo de Angela Merkel, em 2007, como ministro do Trabalho e dos Assuntos Sociais.

Se for eleito chanceler, Scholz quer construir mais habitação "para travar o aumento excessivo das rendas", defende políticas mais comprometidas com a proteção ambiental, e quer transformar a Alemanha num exportador líder de energia verde.

A sua maior prioridade é, no entanto, aumentar o salário mínimo de 9,60 euros para 12 euros.

Nascido em 1958, em Osnabrück, na Baixa Saxónia, Olaf Scholz apresenta-se como o sucessor natural de Angela Merkel na liderança do Governo alemão.

"A maioria dos cidadãos sabe quem eu sou", apontou Scholz antes de ser eleito candidato a chanceler, em agosto do ano passado. Uma frase que faz lembrar a usada por Angela Merkel, em 2013: "Vocês conhecem-me".

Mais recentemente, um dos seus 'slogans' de campanha incluiu a forma feminina da palavra "chanceler", dizendo aos eleitores que ele tem o que é preciso para liderar o país, embora seja um homem.

"Angela, a segunda", foi o título de um perfil elaborado pela revista Der Spiegel há umas semanas.

Considerado o país mais poderoso da União Europeia, a Alemanha vai escolher, no dia 26 de setembro, o seu novo Governo e, consequentemente, o chanceler que irá suceder a Angela Merkel, há 16 anos no poder.

No início deste mês, uma sondagem mostrava o SPD de Olaf Scholz a conseguir o primeiro lugar, com cerca de 25% das intenções de voto, enquanto a CDU/CSU obtinha 21% no cenário mais otimista.

Uma outra sondagem divulgada pelo Instituto Forsa no dia 24 de agosto, a abstenção poderia chegar aos 26%,

A abstenção na Alemanha, que chegou, em 2017, aos 24,4%, deverá crescer para 26% (isto é, o dobro do resultado das intenções de voto atribuídos ao partido Verdes), de acordo com as últimas sondagens, assim como a votação por correspondência, que deverá quase duplicar em relação às últimas votações.

No escrutínio de 2017, o União Democrata-Cristã (CDU), partido de Angela Merkel, conquistou 24,9% dos votos.

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