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Líder do partido governamental polaco garante que "não haverá um Polexit"

Jaroslaw Kaczynski, líder do Direito e Justiça (PiS), partido ultraconservador que lidera o Governo polaco, garantiu hoje que "não haverá um 'Polexit'", embora deseje que o país "continue a ser um Estado soberano".

Líder do partido governamental polaco garante que "não haverá um Polexit"
Notícias ao Minuto

13:05 - 15/09/21 por Lusa

Mundo Polónia

Em entrevista à agência noticiosa polaca PAP, hoje divulgada, Kaczynski disse que a possibilidade de a Polónia deixar a União Europeia (UE) é uma "ideia de propaganda que tem sido usada muitas vezes contra o Governo", acrescentando que "o futuro da Polónia é estar na União Europeia. "

Ainda assim, Kaczynski denunciou que na UE "é violado o princípio da igualdade dos estados, e de forma muito drástica", alertando para o facto de existir "uma tendência de exploração da UE pelos estados mais fortes, em particular a Alemanha".

Kaczynski considerou injusto que Bruxelas questione a reforma judicial polaca e sublinhou que "os assuntos da administração da justiça" são "competência exclusiva dos estados" e que "não podem ficar sujeitos a qualquer forma de ingerência".

A Comissão Europeia (CE) solicitou recentemente ao Tribunal de Justiça da UE (TJUE) que impusesse sanções económicas à Polónia por o seu Governo manter ativa a Câmara Disciplinar do Supremo Tribunal, órgão que considera violar a independência dos juízes e o direito comunitário.

Sobre o atraso na aprovação do orçamento do plano de recuperação económica que Varsóvia enviou a Bruxelas, Kaczynski mostrou-se confiante de que "será aprovado em breve" porque "não há objeções substantivas".

Quanto às especulações sobre uma crise governamental, Kaczynski descartou qualquer cenário de instabilidade e enfatizou que "haverá apenas algumas mudanças individuais", rejeitando igualmente a notícia de que ele próprio poderia demitir-se.

O líder do PiS justificou ainda a polémica lei do setor dos 'media' como "necessária", mas não a considerou um objetivo perentório de seu governo, referindo-se a um projeto promovido pelo seu partido que retira a licença às empresas cuja titularidade não seja sediada num país do Espaço Económico Europeu, o que afetaria apenas o canal TVN, crítico do governo e propriedade de investidores norte-americanos.

Kaczynski garantiu ainda que nenhuma empresa estatal polaca adquirirá o canal TVN.

Finalmente, o líder conservador indicou que na Polónia "o poder está muito dividido", referindo-se ao papel dos autarcas das grandes cidades como "forças externas aos partidos que muitas vezes não cumprem o seu papel".

O PiS, que lidera a coligação conservadora que governa com maioria absoluta desde 2015, não ganhou as eleições locais em nenhuma das 15 maiores cidades polacas.

Leia Também: Polónia diz que cumpriu exigências de Bruxelas e reclama fundos europeus

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