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Ex-ministra da Saúde francesa indiciada pela forma como geriu pandemia

Agnès Buzyn foi formalmente acusada esta sexta-feira por "colocar em risco a vida de outrem".

Ex-ministra da Saúde francesa indiciada pela forma como geriu pandemia
Notícias ao Minuto

22:14 - 10/09/21 por Sara Gouveia

Mundo Covid-19

A ex-ministra da saúde de França está a ser formalmente acusada devido à forma como lidou com a pandemia de Covid-19. A investigação foi lançada em julho de 2020, cinco meses após a renúncia ao cargo.

Agnès Buzyn foi indicada por "colocar em perigo a vida de outrem", pelos magistrados do Tribunal de Justiça da República (TJR), que está a investigar a gestão da pandemia em França, segundo refere a AFP, que cita fontes do gabinete do procurador-geral do TJR.

É um dos primeiros casos no mundo de um ministro responsabilizado legalmente pela sua resposta à pandemia e a ex-ministra é a primeira figura pública a ser implicada neste caso em específico.

À chegada à audiência, esta sexta-feira, Agnès Buzyn referiu ter apreciado a oportunidade de "repor a verdade" e de se explicar. Acrescentando ainda que não irá permitir que as ações do governo ou as suas serem desacreditadas "quando tanto fizeram para preparar o país para uma crise de saúde global". 

No final de janeiro, após três casos da doença terem sido notificados no país, Buzyn estimou que o risco de o novo coronavírus se espalhar em França era "muito baixo", devido ao bloqueio rígido em Wuhan. Foi também duramente criticada quando foi descoberto que faltavam Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), principalmente máscaras faciais, para profissionais de saúde, tendo ressaltado em janeiro que o país tinha “dezenas de milhões de máscaras em stock para o caso de uma epidemia".

Assumiu o cargo de ministra da Saúde de França em maio de 2017, tendo renunciado apenas algumas semanas depois de os primeiros casos de Covid-19 terem sido confirmados no país para se candidatar à autarquia de Paris. Mas acabou por perder a eleição para Anne Hidalgo o ano passado. A ex-médica juntou-se então ao gabinete do chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, em janeiro de 2021.

A pandemia já fez pelo menos 115 mil mortos e mais de 6,8 milhões de casos no país.

Leia Também: Covid-19: França com quase mais 10 mil casos e 81 mortes no último dia

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