"Os êxitos alcançados até aqui só podem ser referidos à sombra dos desafios, que são muitos, diversos e que se acumulam na nossa jornada. Eles obrigam-nos a reconfigurar permanentemente a nossa estratégia de ação", referiu o presidente da Comissão da UA num comunicado hoje divulgado pela organização.
Entre os desafios enfrentados, Faki Mahamat, que preside a organização desde 2017, destacou a covid-19, que considerou "aterradora pela sua forte capacidade de desafiar os tradicionais protocolos de prevenção e tratamento desenvolvidos por laboratórios de investigação e a sua capacidade de matar".
Da mesma forma, o também antigo primeiro-ministro do Chade referiu que "o panorama da vida política" em África "foi muito perturbado pelas instabilidades políticas resultantes de alterações inconstitucionais, mas, acima de tudo, pelos repetidos e cada vez mais ameaçadores ataques por grupos 'jihadistas' que operam em vastas áreas do continente".
Para enfrentar estes desafios, o presidente da Comissão da UA sugeriu que é necessário haver "resoluções e engenho para encontrar soluções cada vez mais apropriadas" que garantam o progresso e os objetivos da Agenda 2063.
O Dia da União Africana celebra-se no dia 09 de setembro e assinala a assinatura da Declaração de Sirte, nesse dia em 1999.
Na Declaração de Sirte, os líderes Estados-membros da Organização da Unidade Africana (OUA) pediram o estabelecimento de uma União Africana para acelerar o processo de integração no continente.
A União Africana foi criada a 11 de julho de 2000 e reúne atualmente 55 estados-membros, incluindo os lusófonos Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique e São Tomé e Príncipe.
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