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Uganda vai receber pelo menos dois mil refugiados do Afeganistão

O Uganda acolheu hoje favoravelmente o pedido das autoridades dos Estados Unidos da América (EUA) para acolher com urgência no seu território pelo menos dois mil refugiados afegãos, confirmou uma ministra do Governo do Uganda.

Uganda vai receber pelo menos dois mil refugiados do Afeganistão
Notícias ao Minuto

18:55 - 17/08/21 por Lusa

Mundo Governo

"Devido à natureza da crise que o Afeganistão está a viver e aos problemas logísticos de saída de refugiados, não podemos confirmar quando essas pessoas chegarão ao Uganda, mas estamos preparados para recebê-las a qualquer momento", disse a ministra do Estado para a Preparação contra Desastres e Ajuda a Refugiados, citada pela agência Efe.

Esther Anyakun afirmou que o executivo norte-americano cobrirá todos os custos necessários ao transporte e alojamento dos refugiados que sigam para o Uganda.

"No passado fim de semana, o Governo do EUA falou com vários parceiros internacionais, incluindo o Uganda, para ajudar no caso provável de ser necessário acolher temporariamente alguns afegãos", explicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros num comunicado.

O Uganda já acolhe 1,5 milhões de refugiados, sobretudo do Sudão do Sul, República Democrática do Congo (RDCongo), Burundi, Somália e Ruanda, de acordo com os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

Todos os refugiados no Uganda têm autorização para sair dos acampamentos que foram criados e procurar emprego, começar qualquer tipo de negócio, estudar nas escolas e institutos públicos e trabalhar nos hospitais do Estado.

Segundo a ACNUR, esta nação africana tem um dos modelos de acolhimento de refugiados mais generosos do mundo.

"Como ugandeses, orgulhamo-nos de que o nosso país demonstre o compromisso de oferecer um abrigo seguro para os refugiados de qualquer guerra ou conflito", concluiu Anyakun.

Os talibãs conquistaram Cabul no domingo, culminando uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO.

As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos EUA contra o regime extremista (1996-2001), que acolhia no seu território o líder da Al-Qaida, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de Setembro de 2001.

A tomada da capital põe fim a uma presença militar estrangeira de 20 anos no Afeganistão, dos Estados Unidos e dos seus aliados na NATO, incluindo Portugal.

Face à brutalidade e interpretação radical do Islão que marcou o anterior regime, os talibãs têm assegurado aos afegãos que a "vida, propriedade e honra" vão ser respeitadas e que as mulheres poderão estudar e trabalhar.

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