"Desde 6 de agosto que a situação é a seguinte: Região Zinder com 125 casos, incluindo nove mortes, Maradi, 85 casos, incluindo três mortes, e Dosso com três casos, perfazendo um total de 213 casos, incluindo 12 mortes", disse Illiassou Maïnassara, ministro da Saúde do Níger.
As regiões de Zinder (centro-sul), Maradi (sudeste) e Dosso (sudoeste) foram afetadas "durante várias semanas" pela cólera "em ligação com uma epidemia" desta doença que "grassa há vários meses" nos estados federados da vizinha Nigéria, explicou o ministro.
Foram enviados medicamentos e testes rápidos de rastreio para as regiões afetadas, onde os doentes estão a ser tratados gratuitamente em locais isolados, acrescentou.
O ministro revelou que a situação estava "sob controlo" e que a resposta estava a ser conduzida com os parceiros internacionais do país, mas apelou a "uma maior vigilância".
Devido às inundações ligadas às fortes chuvas em áreas infetadas, os especialistas temem um surto da doença diarreica altamente contagiosa, causada pela ingestão de alimentos ou água contaminados.
As chuvas, que têm vindo a cair sobre o Níger desde junho, mataram 35 pessoas e afetaram mais de 26.500, segundo um relatório publicado na semana passada pelas autoridades deste país do Sahel, que tem um clima geralmente muito seco.
Em 2018, uma epidemia de cólera tinha causado 78 mortes em 3.824 casos registados no Níger, principalmente em áreas próximas da Nigéria, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Foi colocado sob controlo com o apoio da OMS, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) de França e da cooperação italiana, de acordo com o governo nigerino.
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