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Mais 21 detidos por conspiração para matar presidente de Madagáscar

Mais 21 pessoas foram presas por alegadamente estarem envolvidas numa conspiração para assassinar o presidente de Madagáscar, Andry Rajoelina, e outras figuras proeminentes, anunciou o procurador-geral do Tribunal de Recurso na capital, Antanananarivo, de acordo com a imprensa local.

Mais 21 detidos por conspiração para matar presidente de Madagáscar
Notícias ao Minuto

16:51 - 02/08/21 por Lusa

Mundo Madagáscar

"As provas materiais nas mãos dos investigadores são tangíveis e tornaram possível identificar os principais instigadores da operação", disse Berthine Razafiarivony, durante uma conferência de imprensa no domingo à tarde.

Entre as 21 pessoas detidas, 12 são das forças armadas, incluindo cinco generais, dois capitães e quatro oficiais subalternos, bem como quatro gendarmes e militares reformados, tanto malgaxes como franceses, e cinco civis.

Os 21 detidos, 14 dos quais continuam sob custódia policial, somam-se às seis pessoas detidas em 20 de julho, incluindo um nacional francês e um franco-malgaxe, antigos membros do Exército e a Gendarmerie Nationale (a força policial do país).

Outro indivíduo com dupla nacionalidade e três nacionais malgaxes fazem parte da lista dos detidos em 20 de julho.

Segundo o Ministério Público malgaxe, vários materiais foram confiscados durante as investigações, incluindo uma espingarda, dinheiro, dois veículos todo-o-terreno, telefones e equipamento informático.

Um dos documentos confiscados continha um "plano estratégico, político e operacional" para eliminar cinco altos funcionários do Governo malgaxe, a fim de derrubar o executivo e tomar o poder, revelou Razafiarivony, de acordo com os jornais locais.

Além disso, entre os 'e-mails' registados, os investigadores encontraram uma mensagem dirigida à companhia petrolífera Madagáscar Oil a pedir financiamento e colaboração, algo que a companhia confirmou em declarações aos meios de comunicação social no final de julho.

Como explicou o procurador público em 23 de julho, os detidos estão a ser acusados de ataques contra a segurança do Estado.

Rajoelina, que foi Presidente de 2009 a 2014, iniciou o seu segundo mandato em Madagáscar no início de 2019, depois de derrotar Marc Ravalomanana, numa segunda volta das eleições.

Madagáscar está mergulhado numa crise política há quase uma década, desde que em 2009 o próprio Rajoelina, com a ajuda do Exército, expulsou Ravalomanana (2002-2009) do poder num golpe de Estado sangrento, no qual uma centena de pessoas morreu.

Madagáscar é atualmente um dos países mais pobres do mundo e, além disso, a sua zona sul está a passar por uma fome devastadora que afeta mais de um milhão de pessoas, segundo dados do Programa Alimentar Mundial (PAM).

Leia Também: Plano frustrado para matar Presidente de Madagáscar acaba com seis presos

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