A intercetação ocorreu na passada terça-feira, quando um avião de reconhecimento da guarda costeira notificou a estação naval de Cayo Hueso da presença de uma "balsa rudimentar com 14 pessoas a bordo", a cerca de 26 milhas náuticas (41 quilómetros) a sudeste de Cayo Anguilla.
Os 14 cidadãos cubanos foram transferidos para um rebocador para serem hoje repatriados, continuando-se a assistir a um aumento de intercetações e repatriações por mar em relação a 2020 e 2019.
"Navegar numa embarcação imprópria para o mar é perigoso e pode resultar na perda de vidas humanas", advertiu num comunicado Mario Gil, oficial de ligação da guarda costeira, pedindo aos marinheiros que "informem sobre qualquer possível viagem de migrantes, para ajudar a impedir a perda de vidas no mar".
Desde 01 de outubro de 2020, a guarda costeira norte-americana intercetou no mar 595 cubanos, em contraste com os 49 intercetados em todo o ano fiscal de 2020.
Segundo números fornecidos pelas autoridades norte-americanas, no ano fiscal de 2019, foram 313 os imigrantes intercetados, e em 2018, o número foi 259, enquanto em 2017 e 2016 foram intercetados no mar 1.468 e 5.396 imigrantes cubanos, respetivamente.
A porta de entrada de cubanos ilegalmente nos Estados Unidos esteve aberta até 12 de janeiro de 2017, quando o então Presidente, Barack Obama, lhes retirou os benefícios migratórios, ao cancelar, por ordem executiva, a política de "pés molhados/ pés secos" que concedia automaticamente vistos temporários aos que chegavam a terra.
Desde então, os cubanos que chegam de forma ilegal aos Estados Unidos têm de seguir os mesmos procedimentos dos outros refugiados e imigrantes para obter um visto temporário de residência ou asilo político.