Dois rockets atingem Zona Verde sem causar vítimas ou danos no Iraque

Dois rockets atingiram na madrugada de hoje a Zona Verde de Bagdade, uma área extremamente segura e onde a embaixada norte-americana está localizada, sem causar vítimas ou danos, disse uma fonte de segurança iraquiana à agência de notícias AFP.

Ataque suicida em Bagdade faz 15 mortos e 25 feridos

© Reuters

Lusa
29/07/2021 09:09 ‧ 29/07/2021 por Lusa

Mundo

Iraque

 

Este ataque ocorre no dia que o primeiro-ministro iraquiano, Mustafa al-Kazimi, regressa de Washington, onde as autoridades norte-americanas anunciaram o fim da missão de combate das tropas norte-americanas no Iraque.

Os ataques contra os interesses norte-americanos foram quase diários no início de julho, mas escassearam por três semanas.

O ataque anterior ao de hoje ocorreu em 24 de julho, quando um 'drone' [aparelho aéreo não-tripulado] teve como alvo uma base militar no Curdistão, sem causar danos.

Estes ataques são geralmente atribuídos a poderosos grupos armados pró-Irão, que exigem a retirada das forças estrangeiras ainda posicionadas no Iraque.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou na segunda-feira uma "nova fase" para os 2.500 soldados ainda destacados no Iraque, com uma missão exclusivamente focada no treino de tropas iraquianas e na partilha dos serviços de informação, mas nenhuma retirada das tropas foi anunciada.

O anúncio foi bem recebido pela ala política da coligação pró-Irão no Iraque, mas não pelos grupos mais radicais.

Num comunicado divulgado na quarta-feira, um "Comité Coordenador das Fações da Resistência Iraquiana" denunciou "a manipulação destinada a estender a presença dos EUA" no Iraque.

"Não há retirada norte-americana", acrescentou o texto, exigindo a saída de todas as forças estrangeiras e a transferência das bases militares da coligação internacional para o exército iraquiano.

"A resistência continuará a sua ação até uma retirada real", acrescentou o comunicado.

A coligação internacional antiterrorismo no Iraque ainda tem 3.500 soldados estrangeiros, incluindo 2.500 norte-americanos.

O processo de retirada poderá ser longo, até prolongar-se durante alguns anos.

Implantada no país em 2014, esta coligação liderada pelos EUA visava ajudar as forças iraquianas na sua luta contra a organização 'jihadista' do Estado Islâmico (EI).

O EI foi oficialmente derrotado em 2017, mas as suas células adormecidas continuam a fazer ataques no país.

O anúncio de encerrar a missão de combate dos Estados Unidos no Iraque ocorre quando o exército norte-americano está em fase final de retirada do Afeganistão, quase 20 anos depois de o ex-Presidente George W. Bush ter lançado o conflito em resposta aos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.

Leia Também: Biden anuncia "nova fase" com o fim da missão dos EUA no Iraque

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