China anuncia sanções a entidades e cidadãos dos Estados Unidos
Pequim anunciou na sexta-feira sanções a sete entidades e cidadãos norte-americanos, como resposta a um alerta dos Estados Unidos sobre a deterioração das liberdades em Hong Kong.
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Mundo Relações
Esta medida surge dias antes da visita de um membro do Governo de Biden à China e numa altura em que as relações entre Pequim e Washington se deterioraram drasticamente, devido às tensões em questões como direitos humanos, comércio, segurança informática ou a origem da pandemia de covid-19.
Na semana passada, os Estados Unidos alertaram as empresas norte-americanas para os "riscos crescentes" de fazerem negócios em Hong Kong, na sequência de medidas tomadas pela China naquele grande centro financeiro, noticia a agência AFP.
No comunicado, os norte-americanos destacavam a mudança no ambiente promovida por Pequim com a nova lei de segurança nacional e a prisão de um cidadão norte-americano, John Clancey, um conhecido advogado de direitos humanos.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China realçou, no comunicado, que o objetivo deste alerta dos EUA é "manchar o ambiente de negócios de Hong Kong" e "violar gravemente a lei internacional e os padrões básicos que regem as relações internacionais".
Pequim anunciou ainda, em resposta, que vai impor sanções a sete indivíduos e entidades norte-americanas, sem especificar a natureza destas.
Entre os cidadãos sancionados está o ex-secretário do Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, que enquanto ocupou aquele cargo expandiu a lista de empresas de China que não podem negociar com empresas dos EUA sem uma licença prévia, incluindo as gigantes chinesas das telecomunicações Huawei e ZTE.
Também são visados Carolyn Bartholomew, presidente da Comissão de Monotorização de Segurança e Economia entre os EUA e China, Adam King, do Instituto Republicano Internacional, Sophie Richardson, diretora da organização não governamental 'Human Rights Watch' e ainda Conselho Democrático de Hong Kong para a China, com sede em Washington.
Esta decisão surge dias antes da vice-secretária de Estado norte-americana, Wendy Sherman, visitar a cidade de Tianjin, no nordeste da China, nos dias 25 e 26 de julho, onde reunirá com diplomatas chineses.
O encontro entre Sherman e Xie é o primeiro presencial entre emissários de alto nível dos Estados Unidos e da China após a cimeira realizada em março passado, no Alasca, na qual o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e o chefe das relações externas do Partido Comunista Chinês, Yang Jiechi, protagonizaram uma tensa discussão.
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