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Líderes reúnem-se para projetar futuro da NATO num mundo mais competitivo

Os chefes de Estado e de Governo da NATO reúnem-se esta segunda-feira em Bruxelas para projetar o futuro da Aliança, naquela que será uma "ocasião histórica", segundo o secretário-geral da Aliança, para "reforçar o laço transatlântico".

Líderes reúnem-se para projetar futuro da NATO num mundo mais competitivo
Notícias ao Minuto

09:29 - 12/06/21 por Lusa

Mundo NATO

Na primeira cimeira a contar com a participação do novo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, os líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês) irão abordar o processo de reflexão NATO 2030, que visa projetar o futuro da Aliança e desembocar na revisão do atual conceito estratégico da NATO.

Neste âmbito, o secretário-geral da Aliança, Jens Stoltenberg, deverá apresentar aos restantes líderes um conjunto de propostas que incluem o fortalecimento das consultações políticas na NATO, um maior financiamento conjunto das operações militares e o incremento da resiliência das infraestruturas e das cadeias de valor dos Aliados.

Tendo feito várias visitas, nas últimas semanas, às diferentes capitais dos Estados-membros da Aliança para abordar com os líderes a preparação da cimeira, Stoltenberg afirmou, a 01 de junho, estar "confiante" de que os líderes irão "aprovar uma agenda ambiciosa e virada para o futuro no que se refere a todas as questões relativas ao processo NATO 2030".

"Concordamos todos que, durante a cimeira, temos uma ocasião histórica para reforçar o laço transatlântico e para preparar a nossa Aliança para um mundo mais imprevisível e mais competitivo", acrescentou o secretário-geral na mesma ocasião.

Além do processo de reflexão NATO 2030, os Aliados irão também abordar temas 'quentes' da atualidade, e nomeadamente as "implicações em termos de segurança da ascensão China" e o "comportamento agressivo da Rússia".

Durante uma conferência de imprensa de antevisão da cimeira, que decorreu esta sexta-feira, Stoltenberg salientou que o mundo se encontra atualmente numa fase de "competição global", devendo a NATO responder a "muitas ameaças e desafios ao mesmo tempo".

Elencando os diferentes desafios, Stoltenberg destacou nomeadamente a "Rússia e a China, que desafiam a ordem internacional baseada em regras", mas também a "ameaça contínua do terrorismo", e as "ameaças sofisticadas" provocadas por "ciberataques, tecnologias disruptivas e alterações climáticas".

"Nenhum país nem nenhum continente consegue lidar com todos estes desafios sozinho. Mas a Europa e a América do Norte não estão sozinhas, estão juntas dentro da NATO", destacou Stoltenberg durante a conferência de imprensa.

No que se refere aos ciberataques, o secretário-geral manifestou a esperança de que os Aliados cheguem a acordo sobre uma "nova política de ciberdefesa para a NATO" que reconheça que o "ciberespaço é constantemente contestado".

A cimeira decorre numa altura em que contrariamente ao seu predecessor, Donald Trump, Joe Biden tem sublinhado a importância das alianças para a sua administração, tendo mostrado o desejo de "reconstruir e restabelecer" as parcerias dos Estados Unidos, "a começar pela NATO".

Num editorial publicado no jornal norte-americano The Washington Post na véspera de se deslocar à Europa - naquela que é a sua primeira viagem ao estrangeiro desde que tomou posse como Presidente dos Estados Unidos - Biden referiu nomeadamente que a "viagem visa realizar o compromisso renovado da América" com os seus "aliados e parceiros, e demonstrar a capacidade das democracias para enfrentar os desafios e dissuadir as ameaças desta nova era".

Leia Também: Cimeira entre Biden e Erdogan entre a desconfiança e a aproximação

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