França diz que saída da crise não deve afastar a UE dos EUA e da China
O Presidente de França, Emmanuel Macron, sublinhou hoje num encontro com a chanceler alemã, Angela Merkel, que a saída da União Europeia (UE) da presente crise não deve deixar o bloco comunitário "desligado" dos Estados Unidos e da China.
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"Os próximos meses vão dizer-nos se necessitamos de uma maior ambição nas nossas grandes políticas. Vamos continuar a ser pragmáticos com ambição geopolítica. Estamos convencidos que a saída da crise não deve conduzir a qualquer atraso da UE face aos Estados Unidos e China", disse Macron.
No final do 22.º Conselho de ministros bilateral e quarto entre Merkel e Macron, o chefe de Estado francês assinalou que o importante na atual conjuntura consiste em garantir a correta aplicação do plano de relançamento decidido pela UE em 2020.
Macron considerou que devido a esta decisão dos parceiros da UE não foi considerado um hipotético novo pacote de ajudas.
A UE respondeu à pandemia com um plano de recuperação de 1,8 milhares de milhões de euros. Ao orçamento comunitário de 1,1 milhares de milhões somou-se um fundo de recuperação de 750 mil milhões de euros, que pretende ser a pedra angular da reconstrução.
"Estamos ambos empenhados em aplicar o que foi decidido há um ano. Que esse plano seja uma realidade e que o dinheiro decidido a nível europeu possa chegar aos orçamentos nacionais, e que o usemos o melhor possível", acrescentou Macron.
O líder gaulês insistiu em que farão "o necessário", a nível tecnológico, de inovação ou de formação de capital humano, para que a UE "tenha capacidade de decidir por si própria e construir o seu futuro de forma igual aos restantes".
No lançamento deste plano, e na sua perspetiva, foi crucial o acordo franco-alemão: "A Europa não pode avançar se a França e a Alemanha não estiverem de acordo. Não é suficiente que estejam de acordo, mas se não existir acordo franco-alemão não haverá acordo a 27".
Por sua vez, a chanceler alemã referiu-se à "cultura de diálogo" que se estabeleceu entre si e Macron nos últimos quatro anos, e frisou que a procura de uma posição comum é sempre "enriquecedora".
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