Sri Lanka. Começou a ser ouvida tripulação de navio em tragédia ambiental

A tripulação do navio porta-contentores que arde ao largo de Colombo há 12 dias começou hoje a ser interrogada, na investigação criminal sobre um dos piores casos de poluição marítima da história do Sri Lanka.

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Lusa
31/05/2021 16:36 ‧ 31/05/2021 por Lusa

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Sri Lanka

 

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"Entrevistámos três tripulantes até agora", disse um porta-voz da polícia, referindo-se ao capitão, ao engenheiro-chefe (ambos russos) e a um segundo oficial (indiano).

O Departamento de Investigação Criminal do Sri Lanka é responsável por apurar as causas do incêndio, que começou no passado dia 20 a bordo do porta-contentores MV X-Press Pearl, bem como de avaliar os danos causados ao meio ambiente por este incidente.

"Alguns marinheiros ajudaram a polícia local nas suas investigações sobre o incêndio e estão a cooperar com os investigadores", disse o proprietário do navio, num comunicado, acrescentando que respeita o processo de averiguações, pelo que não pode dar por agora mais pormenores.

A investigação criminal foi aberta após uma denúncia da Autoridade de Proteção Ambiental Marítima do Sri Lanka (MEPA), explicou a polícia.

De acordo com o MEPA, o capitão do navio detetou um vazamento de ácido nítrico, no 11 de maio, muito antes de entrar nas águas do Sri Lanka.

Registado em Singapura, o navio transportava 25 toneladas de ácido nítrico, plásticos, soda cáustica, lubrificantes e outros produtos químicos.

O intenso incêndio, que controlado desde domingo no navio de 186 metros, destruiu grande parte da sua carga de 1.500 contentores, mas oito deles caíram no oceano Índico.

Milhões de granulados de polietileno, destinados à indústria de embalagens, escoaram e cobriram as praias do Sri Lanka, forçando a proibição da atividade piscatória numa área de 80 quilómetros e fazendo recear severos danos ecológicos.

O presidente do MEPA, Dharshani Lahandapura, disse que o prejuízo ambiental ainda está por avaliar, mas admite que possa ser o "mais grave caso de poluição na história do país".

Os bombeiros continuam no local, disseram as autoridades explicando que o navio já não tem chamas, mas ainda está demasiado quente para poder permitir a subida a bordo.

As autoridades decidiram processar os proprietários do navio e a sua tripulação, bem como reivindicar danos às seguradoras.

O proprietário do navio disse que o casco está intacto e que os seus tanques de combustível não foram afetados, embora admita que possa existir uma fuga de óleo.

O MV X-Press Pearl, que tem apenas três meses de idade, navegava entre o estado indiano de Gujarat e Colombo, quando o incêndio começou, depois de ter passado pelo Qatar e Dubai, tendo como destinos finais a Malásia e Singapura.

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