"O Conselho dos Funcionários Públicos de Gaza anuncia o regresso dos horários oficiais de trabalho nos vários ministérios e instituições governamentais, começando amanhã de manhã, domingo", revelou o governo local, controlado pelo movimento Hamas.
Os funcionários tinham deixado de trabalhar no início da escalada militar entre o Hamas e Israel, que começou em 10 de maio com ataques de foguetes do movimento islâmico em território israelita em "solidariedade" com as centenas de palestinianos feridos anteriormente em confrontos com a polícia israelita na esplanada das mesquitas, em Jerusalém Oriental.
Embora os funcionários públicos regressem ao trabalho no domingo, as escolas não estarão abertas para ensino presencial, uma vez que as medidas sanitárias contra a covid-19 impostas antes do início do conflito preconizam a educação 'online', apesar de muitas famílias em Gaza não disporem de computadores.
Israel e Gaza cumprem hoje o segundo dia após o cessar-fogo bilateral iniciado na manhã de sexta-feira, sem que até agora tenham ocorrido incidentes mais violentos.
O balanço dos confrontos saldou-se na morte de 248 palestinianos e 12 israelitas, além de 1.948 feridos no território palestiniano, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, e 357 feridos do lado de Israel, de acordo com o serviço de emergência Magen David Adom.
Apesar da suspensão das hostilidades, os acontecimentos das últimas semanas continuam a ter eco na comunidade internacional.
Hoje, milhares de pessoas juntaram-se no centro de Londres para demonstrar a sua solidariedade com o povo palestiniano.
Transportando bandeiras e cartazes a exigir a "liberdade" da Palestina, ativistas reunidos no centro da capital britânica 'marcharam' até à área do Hyde Park.
Muitos surgiram embrulhados em bandeiras palestinianas, usando máscaras e rostos pintados e cantando mensagens de protesto, como "Israel é um Estado terrorista" ou "Somos todos palestinianos".
A iniciativa passou também pela residência oficial do primeiro-ministro, Boris Johnson, em Downing Street, onde os manifestantes contestaram o líder do governo conservador e exigiram "o fim da ocupação israelita" e a denúncia dos "bombardeamentos e assassinatos de mães, pais, irmãos, irmãs e crianças" na Faixa de Gaza.
Também em Paris, França, houve hoje manifestações em solidariedade com o povo palestiniano.
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