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Candidato da CDU à sucessão de Merkel acusado de legitimar antissemitismo
Uma ativista ambiental criticou Armin Laschet por recusar expulsar Hans Georg-Maassen do partido conservador.
© Getty Images
Mundo Alemanha
O candidato que a CDU escolheu para as eleições de setembro na Alemanha, que visam a sucessão de Angela Merkel como chanceler, foi acusado por uma das principais ativistas do país de legitimar o antissemitismo, segundo o The Guardian.
A acusação foi feita este domingo por Luisa Neubauer, rosto do movimento Sextas-feiras pelo Futuro na Alemanha, durante um popular programa no qual Armin Laschet foi o outro convidado.
As críticas de Neubauer devem-se ao facto de Laschet recusar expulsar Hans Georg-Maasen da CDU. Maassen foi o chefe do BfV, o serviço de inteligência alemão, até 2018, altura em que foi forçado a reformar-se mais cedo após ter criticado as políticas de imigração de Merkel e ter feito comentários que pareciam ressoar com as opiniões da extrema-direita.
Maassen vai a votos pela CDU no estado da Turíngia, o que motivou o tom crítico da ativista. Neubauer acusou-o de espalhar conteúdos racistas e antissemitas, e considerou que Laschet está a “legitimar os conteúdos racistas, antissemitas, identitários, assim como de negação da ciência” de Maassen.
Durante o programa, Neubauer pediu a Laschet que analisasse as mensagens e o conteúdo de publicações online do antigo chefe da agência de espionagem alemã. Mas Laschet, que espera manter a CDU no poder sucedendo a Merkel, defendeu Maassen, sublinhando que ele não é antissemita nem escreve textos antissemitas.
“Se ele o fizesse, isso seria uma razão para excluí-lo do partido… Não há nada em que seja mais vigoroso do que com o antissemitismo”, salientou Armin Laschet.
Certo é que as opiniões de Maassen são uma dor de cabeça para a CDU já há algum tempo. Os analistas denotam o seu uso frequente da expressão “globalista”, uma mensagem política antissemita subtil em círculos da extrema-direita.
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