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Irlanda: Justiça denuncia papel do exército britânico em mortes em 1971

A Justiça da Irlanda do Norte denunciou hoje o uso excessivo de força pelo exército britânico numa série de tiroteios em 1971, durante o conflito violento naquela região britânica, que matou 10 "completamente inocentes" em Belfast.

Irlanda: Justiça denuncia papel do exército britânico em mortes em 1971
Notícias ao Minuto

15:31 - 11/05/21 por Lusa

Mundo Irlanda do Norte

"Todos aqueles que morreram (...) eram totalmente inocentes", disse Siobhan Keegan, a magistrada responsável por conduzir uma série de audiências judiciais sobre os tiroteios em Ballymurphy, oeste de Belfast, em agosto de 1971. 

A sentença foi aplaudida pelas famílias das vítimas, que incluíam um padre que tentou ajudar os feridos e uma mãe de oito filhos, com idades entre os 19 e 49 anos.

Os tiroteios aconteceram ao longo de três dias após uma operação em que suspeitos de serem membros de grupos paramilitares foram detidos sem julgamento.

Nove das 10 vítimas foram mortas pelas forças armadas britânicas, mas Keegan disse que não existem certezas sobre quem disparou sobre a décima vítima, John McKerr.

As investigações originais sobre as mortes de Ballymurphy, em 1972, resultaram em veredictos inconclusivos, o que levou as famílias enlutadas a fazer campanha para que se realizassem novos inquéritos, que começaram em 2018. 

O inquérito judicial [inquest] é um procedimento conduzido por um magistrado [coroner] feito no Reino Unido sempre que é registada uma morte sem causas naturais para apurar as causas e circunstâncias.

O veredicto foi conhecido no mesmo dia em que o Governo britânico prometeu encerrar o ciclo de investigações criminais relativas ao conflito na Irlanda do Norte que se "concentre na recuperação e reconciliação" de vítimas e sobreviventes e exima militares veteranos de condenações. 

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