Irão nega notícias sobre troca de prisioneiros com os Estados Unidos
O Irão negou hoje notícias difundidas no domingo pela televisão do Estado sobre uma eventual troca de prisioneiros com os Estados Unidos, no quadro das negociações sobre o programa nuclear iraniano.
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Mundo Irão
Uma fonte "bem informada", citada pela televisão de Estado iraniana disse no domingo que, "sob pressão do Congresso (...) e face à necessidade de apresentação de resultados imediata sobre o dossier Irão, os norte-americanos tinham aceitado o pagamento de sete mil milhões de dólares e a libertação de quatro cidadãos iranianos, em troca de quatro espiões dos Estados Unidos".
"As informações provenientes de 'fontes bem informadas' não se confirmam", disse hoje o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão, Said Khatibzadeh durante uma conferência de imprensa.
As autoridades dos Estados Unidos já tinham desmentido no domingo a existência de um acordo sobre a libertação dos quatro norte-americanos.
As informações sobre a possível troca de prisioneiros surgem no momento em que Teerão negoceia com grandes potências o acordo internacional concluído em 2015, em Viena, sobre o programa nuclear iraniano.
O acordo encontra-se moribundo depois da retirada unilateral dos Estados Unidos em 2018 e da aplicação de sanções contra Teerão, que em resposta tem vindo, desde 2019, a enriquecer urânio.
No sábado, em Viena, os negociadores reuniram-se pela terceira vez e pediram para que o ritmo das negociações seja acelerado.
O processo para fazer regressar os Estados Unidos ao acordo internacional com o Irão começou em abril, apesar de os protagonistas referirem que existem "numerosos obstáculos".
"O caso dos prisioneiros é uma questão humana que está sempre na ordem do dia, e em todas as conversações", disse ainda hoje Khatibzadeh, sem especificar.
A prisão de estrangeiros no Irão, sobretudo de cidadãos com dupla nacionalidade, acusados de espionagem tem aumentado depois da retirada dos Estados Unidos do tratado.
Nos últimos anos, Teerão procedeu à troca de vários prisioneiros estrangeiros com países que tinham presos agentes iranianos.
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