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Operadores aéreos acusam investigadores de violarem normas

A Associação Moçambicana de Operadores Aéreos (AMOPAR) acusou a equipa de inquérito à queda do avião das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), em novembro último, de violar as normas da Organização de Aviação Civil Internacional (ICAO).

Operadores aéreos acusam investigadores de violarem normas
Notícias ao Minuto

10:17 - 14/02/14 por Lusa

Mundo LAM

O Embraer 190 despenhou-se na Namíbia, quando fazia a ligação entre Maputo e Luanda, matando todos os 33 ocupantes, incluindo sete cidadãos portugueses.

Os resultados preliminares do inquérito ao desastre apuraram ter havido "uma clara intenção" do comandante do avião de provocar a queda do aparelho, sugerindo ter-se tratado de suicídio.

A definição das causas do acidente está, contudo, dependente dos resultados finais do inquérito, que ainda está em curso.

Em carta divulgada hoje no semanário Savana, a AMOPAR acusa a comissão de inquérito, liderada pelas autoridades namibianas, na qualidade de país onde ocorreu o acidente, de violar as normas da ICAO, acusando os investigadores de não terem qualquer base para os resultados preliminares que avançam.

"O comandante realizou procedimentos antes do despenhamento, com vista a evitá-lo, tais como: acionou manualmente o seletor de altitude por três vezes, de 38.000 pés para uma altitude de 592 pés (abaixo do nível do solo); acionou manualmente o seletor de potência e, automaticamente, as manetes de potência reduziram para o regime de ralenti", diz a AMOPAR.

De acordo com a organização, o comandante acionou a abertura dos "spoilers" (superfícies de resistência aerodinâmicas), os quais se mantiveram nessa posição até ao final da gravação dos parâmetros.

Para a organização, os procedimentos seguidos pelo comandante da aeronave constam do "Manual dos Procedimentos Operacionais Standard das aeronaves Embraer 170/175 e Embraer 190/195, equipadas com motores da série CF34- -8E e CF34-10E".

Na carta, os operadores aéreos moçambicanos referem que o Relatório Preliminar não esclarece o sentido de "clara intenção do piloto" de provocar a queda do avião, mesmo reconhecendo, adianta a organização, que o mesmo tinha conhecimento dos sistemas automáticos do avião e enfrentou uma situação de emergência ainda por esclarecer pela investigação.

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