"A estabilidade do Chade é uma peça fundamental para toda a região", disse Borrell, após uma reunião com o seu homólogo mauritano, Ismael Ould Cheikh, referindo-se à crise naquele país após a morte do Presidente Idriss Déby, considerado um aliado chave da UE na luta contra os grupos 'jihadistas' e a emigração.
Josep Borrell acrescentou que a UE e os países do Sahel estão a trabalhar para a estabilidade deste país, que é agora liderado, durante um período transitório de 18 meses, pelo filho do chefe de Estado que morreu, Mahamat Idriss Déby, à frente de um Conselho Militar de Transição.
"O Chade é uma ameaça muito difícil se o país cair numa dinâmica de turbulência", advertiu o líder europeu, que chegou a Nouakchott na quarta-feira e se encontrou com o Presidente mauritano, Mohamed uld Ghazuani.
Além disso, Borrell disse ter expressado na sua reunião com o seu homólogo "a enorme consideração pela estabilidade que a Mauritânia traz para a região".
"A Mauritânia teve um bom desempenho na sua presidência do grupo G5 Sahel (uma coligação militar que inclui também o Chade, Níger, Mali e Burkina Faso) e, por esta razão, quis começar a minha viagem ao Sahel com este país", afirmou Borrell, que descreveu o país como uma "zona de estabilidade".
O responsável pela diplomacia da EU confirmou o apoio de Bruxelas a Nouakchott e elogiou o compromisso do país para com os direitos humanos e a luta contra o terrorismo em toda a região do Sahel.
Borrell viajará para o Chade, onde assistirá ao funeral do Presidente Déby, que morreu na terça-feira enquanto comandava as tropas que combatiam o grupo rebelde Front for Alternatives and Concord no Chade (FACT), no norte do país.
Depois viajará para o Mali, onde se reunirá com o Presidente interino, Bah N'Daw, e outros funcionários.
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