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Líder da junta militar de Myanmar vai participar na Cimeira da ASEAN

O líder da junta militar em Myanmar, general Min Aung Hlaing, vai participar na cimeira de emergência da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), segundo as Forças Armadas do país asiático.

Líder da junta militar de Myanmar vai participar na Cimeira da ASEAN
Notícias ao Minuto

06:36 - 22/04/21 por Lusa

Mundo Myanmar

O porta-voz militar, major-general Zaw Min Tun, disse à agência noticiosa Kyodo que Min Aung Hlaing comparecerá pessoalmente na cimeira, agendada para sábado na capital indonésia, Jacarta, escusando-se a dar mais detalhes.

A cimeira tem como objetivo discutir a situação em Myanmar (antiga Birmânia), sendo a primeira reunião dos líderes da ASEAN desde que os militares derrubaram o governo eleito de Aung San Suu Kyi, a 1 de fevereiro.

Hoje, a organização não-governamental Human Rights Watch (HRW) apelou a que o convite ao líder militar seja retirado pela ASEAN, considerando que "dá uma legitimidade injustificada" à junta sobre o governo democraticamente eleito em Myanmar.

"Antes e depois do golpe, os Estados Unidos, o Reino Unido e a União Europeia (UE) impuseram sanções financeiras e de viagens a Min Aung Hlaing devido ao seu envolvimento em graves violações dos direitos humanos como comandante-chefe militar", referiu a HRW.

Para a ONG, os membros da ASEAN deveriam, pelo contrário, "aproveitar esta oportunidade para impor sanções económicas direcionadas aos líderes da junta e às empresas que a financiam, e pressionar a junta para libertar presos políticos, acabar com os abusos e restaurar o governo democraticamente eleito do país". 

O relator especial da ONU, Tom Andrews, afirmou hoje que a repressão dos protestos em Myanmar após o golpe de Estado provocou até agora 250 mil deslocados e pelo menos 738 mortos.

Mais de 3.300 pessoas foram presas pelo Exército durante a repressão das manifestações, adiantou através da rede social Twitter.

"O mundo deve agir de imediato para responder a esta catástrofe humanitária", acrescentou o relator das Nações Unidas para a Birmânia.

A organização humanitária cristã Free Burma Rangers estima em pelo menos 240 mil os deslocados internos na sequência de ataques aéreos e de operações do Exército no Estado de Karin (sudeste da Birmânia).

Leia Também: ONU acusa militares de terem provocado 250 mil deslocados em Myanmar

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