Mais dois mortos no Bangladesh em protestos contra visita de Modi
Duas pessoas foram hoje mortas no Bangladesh em novos confrontos entre manifestantes que protestavam contra a visita do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e a polícia, elevando para 13 o número de mortos vítimas de violências desde sexta-feira.

© Rehman Asad/NurPhoto via Getty Images

Mundo Bangladesh
Os manifestantes, na sua maioria simpatizantes do grupo extremista islâmico Hefazat-e-Islam, acusam o primeiro-ministro indiano, que se deslocou ao Bangladesh para participar nas comemorações do 50.º aniversário da independência do país, de promover a violência contra os muçulmanos na Índia.
Cinco pessoas morreram na sexta-feira e mais seis este sábado, depois de a polícia ter disparado munições reais contra manifestantes em várias zonas de maioria muçulmana no Bangladesh.
Hoje, mais dois jovens - um de 19 e outro de 23 anos - morreram quando a polícia abriu fogo em confrontos na cidade oriental de Sarail, segundo um porta-voz da polícia em declarações à agência France-Presse.
"Eles (manifestantes) invadiram uma esquadra da polícia na autoestrada, incendiando-a e ferindo pelo menos 35 agentes. A polícia abriu fogo em autodefesa", disse o porta-voz.
A mesma fonte acrescentou que cerca de 3.000 manifestantes, na sua maioria apoiantes do Hefazat, bloquearam uma autoestrada e atacaram a polícia com tijolos e pedras.
O ministro do Interior, Asaduzzaman Khan, apelou ao fim dos protestos, e avisou que, se a agitação não parar, as autoridades tomarão "as medidas necessárias".
Esta violência surge quando o Bangladesh celebra o 50.º aniversário da sua independência e o Governo anuncia êxitos económicos do país - ensombrados por violações dos direitos humanos, de acordo com a acusação de várias organizações não-governamentais.
"As cenas de violência a que assistimos fazem parte de um padrão de comportamento familiar e perturbador das autoridades do Bangladesh", afirmou a Amnistia Internacional, citada pela AFP este sábado.
A visita do primeiro-ministro nacionalista indiano, Narendra Modi, que chegou a Daca esta sexta-feira, tem merecido os protestos de manifestantes de um largo espetro político - incluindo estudantes e ativistas de esquerda - que o acusam de estimular o recrudescimento dos antagonismos entre comunidades religiosas na Índia.
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