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UE e EUA querem urgência e ambição para cumprir Acordo de Paris

Os EUA e a União Europeia (UE) defenderam hoje uma aliança transatlântica que lidere a luta global contra as alterações climáticas e coordene esforços com a urgência e ambição requeridas para cumprir o Acordo de Paris.

UE e EUA querem urgência e ambição para cumprir Acordo de Paris
Notícias ao Minuto

22:59 - 16/03/21 por Lusa

Mundo Clima

A sintonia entre estes blocos esteve em destaque no Diálogo de Transição Energética de Berlim, um fórum sobre energia e clima, promovido pelo governo alemão, sintetizou o jornalista Juan Palop, da Efe.

Durante o encontro evidenciou-se a importância da 26.ª Conferência das Partes (COP26, como é designada em Inglês) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (UNFCCC, na sigla em Inglês) para conter a subida da temperatura.

Foi ainda sublinhado que é possível alcançar a neutralidade climática até 2050, com a adequada vontade política.

"Esta década é decisiva para a ação climática. É a década da ambição, da decisão e da ação", afirmou o enviado dos EUA para a emergência climática, John Kerry.

"É necessário fazer o necessário para nos pormos a caminho já", acrescentou, durante uma sessão de perguntas e respostas, depois da sua intervenção.

Considerou que para conseguir conter o aumento da temperatura média global em 1,5 graus centígrados, tal como acordado em Paris, e alcançar a neutralidade climática até 2050, como reclamam os cientistas, para evitar os efeitos mais perniciosos das alterações climática, é preciso atuar já: "Temos de agir quanto antes".

Segundo Kerry, o êxito depende de forma crucial da "cooperação" multilateral: "Precisamos de forjar uma estratégia internacional que galvanize o mundo inteiro, todos e cada um dos países".

Kerry aceitou assim o repto lançado pelo ministro de Economia e Energia alemão, Peter Altmaier, na abertura do fórum, quando defendeu "uma aliança transatlântica energética" contra a crise climática.

Na sua opinião, o regresso dos EUA ao Acordo de Paris abre uma "janela de oportunidade" que não se pode desperdiçar para procurar conter o aquecimento global.

"Sabemos as mudanças que estão a ocorrer nos EUA. Esta é a nossa oportunidade. É agora ou nunca", disse Altmaier, para quem este ano pode significar "um antes e um depois na luta contra as alterações climáticas".

Kerry acrescentou, a este respeito, que o presidente dos EUA, Joe Biden, convocou para abril uma cimeira de líderes, que inclui os 20 maiores poluidores, entre os quais UE, China, Japão, Índia e Federação Russa, responsáveis por 81% das emissões de gases com efeito de estufa, "para que todos sigam a mesma direção".

Esta cimeira pretende que os maiores poluidores aumentem os objetivos de redução de emissões, compromissos que se deveriam apresentar na COP26, que vai decorrer em Glasgow, na Escócia, em novembro.

"Ou subimos todos a nossa ambição ou fracassamos todos. Fracassar não é opção", acrescentou Kerry, que falou em "desafio" e "responsabilidade".

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, referiu-se também à emergência climática, considerando que esta é "a maior crise depois da covid", considerando que é possível detê-la.

Neste mesmo sentido, Kerry também se declarou convencido que a comunidade internacional pode conseguir travar a crise climática: "Não é uma questão de capacidade, é uma questão de vontade política. Acredito que o podemos fazer, se bem que não seja fácil".

A sintonia entre europeus e norte-americanos estendeu-se também à esperança quanto ao hidrogénio, enquanto energia limpa e de futuro.

Leia Também: Acordo de Paris. Oxfam denuncia pegada carbónica de empresas francesas

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