Iraque administra primeiras vacinas a 3 dias da visita do Papa Francisco
O Iraque iniciou hoje a campanha nacional de vacinação contra a doença covid-19, a três dias do início de uma visita classificada como histórica do Papa Francisco ao país.
© Reuters
Mundo Covid-19
A campanha arrancou após o país ter recebido esta terça-feira uma doação de Pequim de 50.000 doses da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica estatal chinesa Sinopharm.
"A campanha de vacinação contra o novo coronavírus começou na Cidade da Saúde e no centro de saúde de Mustansiriya, em Bagdad [capital do país]", informou o Ministério da Saúde iraquiano, num comunicado.
Posteriormente, o porta-voz do ministério, Saif al-Badr, indicou numa conferência de imprensa que as vacinas tinham sido igualmente distribuídas em outros centros de saúde da capital iraquiana e em outras províncias do país.
Já em declarações à agência noticiosa estatal INA, o ministro da Saúde iraquiano, Hassan al-Tamimi, afirmou, por sua vez, que o país espera a chegada de 16 milhões de doses de vacina através da plataforma internacional COVAX, iniciativa liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que visa assegurar o acesso global e equitativo às vacinas, em particular nos países mais pobres.
O ministro acrescentou ainda que o Iraque firmou um acordo com a norte-americana Pfizer para o fornecimento de mais 1,5 milhões de doses da vacina que o grupo farmacêutico desenvolveu em parceria com a empresa alemã BioNTech.
O Governo iraquiano, que mantém conversações para completar a sua campanha de vacinação, também fechou um acordo com a China para o fornecimento de duas milhões de doses da vacina Sinopharm.
O arranque da vacinação no Iraque ocorre três dias antes do início da visita do Papa Francisco ao país, prevista para 05 a 08 de março, e numa altura em que o país árabe está a enfrentar, desde o início de fevereiro, uma segunda vaga de casos de infeção pelo novo coronavírus.
Na segunda-feira, o Iraque registou 3.599 novos contágios e 22 óbitos associados à doença covid-19, o que elevou os números totais do país, um dos mais afetados na região do Médio Oriente, para quase 700.000 infetados e 3.708 mortos desde o início da crise pandémica.
Perante tal cenário, o Governo iraquiano impôs várias restrições, como um recolher obrigatório, o encerramento das escolas, dos centros comerciais e de restaurantes, bem como proibiu deslocações entre províncias e a realização de eventos religiosos.
Entre os vários casos de contágio registados recentemente no país destacam-se o representante diplomático do Vaticano em Bagdad, o núncio apostólico Metja Leskovar, e o porta-voz do grande 'ayatollah' Ali Sistani, a mais alta autoridade xiita do Iraque, com quem o Papa Francisco tem previsto um encontro durante a sua visita ao território iraquiano.
A pandemia da doença covid-19 provocou pelo menos 2.539.505 mortos no mundo, resultantes de mais de 114,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus (SARS-Cov-2) detetado em dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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