Meteorologia

  • 19 ABRIL 2024
Tempo
18º
MIN 15º MÁX 21º

Pelo menos 41 pessoas morreram em naufrágio no Mediterrâneo

Pelo menos 41 migrantes morreram no sábado, num naufrágio no Mediterrâneo Central, depois de 15 horas de travessia a partir da Líbia, avançou hoje o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

Pelo menos 41 pessoas morreram em naufrágio no Mediterrâneo
Notícias ao Minuto

15:20 - 24/02/21 por Lusa

Mundo Migrações

Segundo o organismo, cujas informações foram dadas com base no depoimento de sobreviventes, as pessoas morreram afogadas e os seus corpos não foram ainda recuperados.

O naufrágio aconteceu quando a embarcação, que tinha saído da Líbia dois dias antes com 120 imigrantes a bordo, incluindo seis mulheres, uma delas em avançado estado de gravidez, começou a deixar entrar água.

Após algum tempo, seis pessoas caíram no mar e morreram, enquanto outras duas se afogaram ao tentar nadar para uma outra embarcação que estava demasiado distante.

Três horas depois, a embarcação foi resgatado pelo navio 'Triton', mas, na "difícil e delicada" operação de resgate, muitas pessoas acabaram por cair ao mar. Destas, apenas um cadáver foi recuperado.

O ACNUR, que aguarda o desembarque dos sobreviventes no porto siciliano de Empédocle, recolheu testemunhos sobre o acontecimento e contabilizou "pelo menos" 41 migrantes mortos no naufrágio.

Entre os desaparecidos estão três crianças e quatro mulheres, e uma delas deixou um recém-nascido, já acolhido na ilha italiana de Lampedusa.

O Alto Comissário estima que, este ano, já morreram 160 pessoas nas águas do Mediterrâneo Central, enquanto milhares estão à mercê de "agressões indescritíveis" de traficantes de seres humanos na Líbia.

De acordo com dados da organização, das mais de 3.800 pessoas que chegaram à Itália por mar desde 01 de janeiro deste ano, a maioria - 2.527 -- provinha da Líbia, um país em guerra desde 2011.

O ACNUR e a Organização Internacional para as Migrações afirmaram, em comunicado, que aquele país do Magrebe "não pode ser considerado um porto seguro" para o retorno dos migrantes intercetados no Mediterrâneo Central e exigiram "um esforço internacional imediato" para oferecer alternativas a quem tenta partir de África para ir para a Europa.

"Salvar a vida de refugiados e migrantes à deriva no Mediterrâneo deve voltar a ser prioridade da União Europeia e da comunidade internacional", conclui o comunicado.

Leia Também: Criança refugiada em centro de acolhimento na Grécia morre em incêndio

Recomendados para si

;
Campo obrigatório