De acordo com a polícia, as lojas, de comerciantes paquistaneses, foram incendiadas durante o protesto realizado segunda-feira por cerca de 30 membros do antigo braço armado do partido no poder, o Congresso Nacional Africano (ANC), no centro da cidade de Durban, litoral do país.

O porta-voz da polícia Jay Naicker, citado pela imprensa local, explicou que a manifestação foi considerada ilegal, e que pelo menos uma pessoa foi detida até ao momento pelas forças de segurança.

O coordenador do protesto e membro do MKMVA, Zibuse Cele, referiu que o protesto visava resolver "questões relacionadas com os veteranos do MK ['Umkhonto we Sizwe'/'Lança da Nação', em isiZulu]".

"A nossa manifestação não teve a ver com os estrangeiros, estamos a lidar com isso de outras maneiras, queremos levantar essas questões porque os soldados estão com fome e morrem pobres, não têm trabalho e não recebem assistência financeira suficiente", declarou Zibuse Cele ao jornal local Mercury.

A Associação dos Antigos Combatentes do ANC, antigo movimento de libertação sul-africano que está no poder desde 1994, tem-se manifestado desde setembro do ano passado contra a presença de comerciantes estrangeiros no centro de Durban.

Na altura, os antigos combatentes do ANC exigiram ao Governo a proibição da contratação de imigrantes nos setores dos transportes, turismo, educação, saúde, agricultura, empregos domésticos e em "cargos estratégicos" nas empresas públicas.

Algumas lojas foram forçadas a encerrar e outras foram também saqueadas durante incidentes em novembro.

Em setembro de 2019, pelo menos 12 pessoas morreram, vítimas de ataques xenófobos na África do Sul.

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