Kremlin. Progresso nas relações depende da "vontade política" de Biden
O Kremlin declarou que o progresso nas relações entre a Rússia e os Estados Unidos depende exclusivamente da "vontade política" do Presidente eleito Joe Biden, que tomará hoje posse em Washington.
© Reuters
Mundo Joe Biden
"No Kremlin ninguém se está a preparar para esta investidura. Isso não mudará nada para a Rússia que, como há muitos anos, continuará a existir e a procurar boas relações com os Estados Unidos", afirmou o porta-voz da Presidência russa, Dmitry Peskov.
Durante uma conferência de imprensa, Peskov acrescentou que "a vontade política" necessária para reavivar os laços entre os dois países "dependerá de Biden e da sua equipa".
As relações entre os Estados Unidos e a Rússia estão atualmente no nível mais baixo desde o fim da Guerra Fria, devido a desacordos persistentes sobre um número crescente de questões.
Diplomatas russos e norte-americanos também têm questões importantes a resolver quando Biden assumir o cargo.
No topo da lista estão a extensão, ou não, do tratado de desarmamento russo-norte-americano New Start, que expira em 05 de fevereiro. Este é o último grande acordo que rege parte dos arsenais nucleares dos dois grandes rivais geopolíticos.
Outro assunto importante é o resgate do acordo nuclear com o Irão, depois de todos os esforços do Governo Trump para o encerrar.
O acordo nuclear, assinado em 2015 entre o Irão e seis grandes potências -- EUA, China, Rússia, Alemanha, França e Reino Unido (5 + 1) - para limitar o programa nuclear iraniano em troca do levantamento de algumas das sanções internacionais, foi abandonado unilateralmente pelos Estados Unidos em 2018.
O Presidente russo, Vladimir Putin, também já deu a entender que a mudança de Presidente na Casa Branca não levaria a uma distensão.
Putin foi um dos poucos líderes no mundo que esperou pela votação do colégio eleitoral norte-americano, em 14 de dezembro, para felicitar o Presidente eleito Joe Biden, seis semanas após a votação.
O democrata Joe Biden toma posse hoje como Presidente dos EUA, numa Washington deserta, por causa da pandemia do novo coronavírus, e invadida por 25 mil soldados, por causa da segurança.
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