Detenções de ativistas é "grave violação de direitos e liberdades"

O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Dominic Raab, denunciou hoje a detenção de cerca de 50 ativistas pró-democracia em Hong Kong como um "sério ataque aos direitos e liberdades".

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Lusa
06/01/2021 15:48 ‧ 06/01/2021 por Lusa

Mundo

Hong Kong

"A prisão maciça de políticos e ativistas em Hong Kong constitui um sério ataque aos direitos e liberdades de Hong Kong" conforme definido na declaração conjunta de Londres e Pequim de 1984, que presidiu a entrega deste território em 1997, afirmou em comunicado.

Raab acrescentou que as detenções "demonstram que as autoridades chinesas e de Hong Kong enganaram deliberadamente o mundo sobre o real propósito da lei de segurança nacional" e que essa lei é "usada para esmagar dissidentes e opiniões políticas opostas".

Mais de 50 figuras da oposição, incluindo um advogado dos Estados Unidos, foram presos hoje em Hong Kong, a maior repressão feita até agora sob a recente lei de segurança nacional imposta pela China.

"As democracias liberais em todo o mundo devem continuar a denunciar a destruição brutal da sociedade livre, bem como o genocídio étnico de Xinjiang", reagiu o último governador britânico em Hong Kong, Chris Patten, referindo-se à região onde a China implementou uma política de vigilância máxima sobre a minoria muçulmana uigur.

Em comunicado, Patten, ex-comissário europeu, pediu à União Europeia para abandonar o acordo de investimentos celebrado com a China que, segundo ele, constitui uma "cuspidela na cara dos direitos humanos".

As relações entre Londres e Pequim foram consideravelmente tensas em 2020, especialmente à volta da questão de Hong Kong.

Depois de anunciar que facilitaria o acesso à cidadania britânica a milhões de cidadãos de Hong Kong com passaporte britânico no exterior, Londres tinha suspendido o tratado de extradição com a ex-colónia e estendido o embargo de armas, aplicado à China desde 1989.

A China ficou também furiosa depois da reviravolta de Londres, quando os britânicos decidiram banir a fabricante chinesa de equipamentos de telecomunicações Huawei da sua rede 5G.

Ainda esta manhã, o futuro chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, a Frente Cívica de Direitos Humanos, a União Europeia e a Amnistia Internacional condenaram as detenções e denunciaram o "poder repressivo da lei" de segurança nacional.

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