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Primeiro-ministro tunisino não conseguiu formar governo

O chefe do governo tunisino designado, Mehdi Jomaa, anunciou não ter conseguido apresentar a composição do executivo ao presidente, por falta de consenso sobre a equipa que devia ultrapassar a profunda crise política na Tunísia.

Primeiro-ministro tunisino não conseguiu formar governo
Notícias ao Minuto

10:46 - 26/01/14 por Lusa

Mundo Consenso

"Vim [à presidência] para apresentar a lista, mas decidi não o fazer hoje, para tentar chegar a um consenso", disse.

"Talvez seja novamente encarregado de formar governo, talvez seja uma outra pessoa", acrescentou.

Este ministro da Indústria cessante foi escolhido em dezembro pela classe política, após longas negociações, para formar um executivo capaz de conduzir a Tunísia até às eleições em 2014 e de ultrapassar a profunda crise política desencadeada pelo homicídio, em julho, do deputado da oposição Mohamed Brahmi.

Nomeado formalmente a 10 de janeiro, o primeiro-ministro designado tem 15 dias para escolher a equipa, prazo que termina no domingo.

Jomaa sublinhou que o objetivo "era encontrar consensos" e que "o diálogo ainda continua".

"Do meu lado, a minha lista está pronta, e inclui ministros de alta qualidade, mas a situação de segurança, social e económica precisa de consensos", disse.

"Não estamos longe da solução, continuamos ainda em concertação", declarou.

De acordo com os 'media' tunisinos, o principal problema é a identidade do ministro do Interior.

Os islamitas do Ennahda, maioritários no parlamento, e Jomaa defendem a manutenção de Lotfi Ben Jeddou, no cargo desde março passado. A oposição considera que ele devia abandonar estas funções, desempenhadas no executivo cessante, dirigido pelo Ennahda.

O anúncio do fracasso de Jomaa surge na véspera da votação de adoção da futura Constituição, que está a ser elaborada há mais de dez anos.

A transição pós-revolucionária da Tunísia foi consideravelmente atrasada por um clima de desconfiança entre os islamitas do Ennahda e opositores, o surgimento de grupos de combatentes islâmicos, e profundos problemas económicos e sociais, já na origem da revolução de janeiro de 2011.

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