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Primeiro-ministro israelita apela à não dissolução do Parlamento

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, apelou hoje aos deputados para que evitem a convocação de eleições legislativas antecipadas, depois de o Parlamento ter aprovado uma proposta preliminar para o dissolver.

Primeiro-ministro israelita apela à não dissolução do Parlamento
Notícias ao Minuto

22:02 - 02/12/20 por Lusa

Mundo Benjamin Netanyahu

"Israel deve permanecer unido durante estes tempos dramáticos [da pandemia]. O povo de Israel quer vacinas e não eleições. Precisamos de deixar a política de lado. Haverá tempo para isso, mas devemos trabalhar em conjunto em prol dos nossos cidadãos", disse Netanyahu numa conferência de imprensa em Jerusalém.

O primeiro-ministro israelita, líder do Partido Likud, apelou no mesmo sentido ao seu parceiro da coligação governamental, o atual ministro da Defesa, Benny Gantz, cuja força política, o Azul e Branco, apoiou a proposta de dissolução hoje no Parlamento.

"Deve parar e não levar o país para eleições. Ainda não é demasiado tarde", afirmou, sabendo-se de antemão que uma nova moção de censura abrirá caminho à possibilidade de Israel ter de organizar as quartas eleições legislativas em dois anos, numa altura em que o país atravessa uma crise pandémica.

Pouco depois das declarações do primeiro-ministro, Gantz acusou Netanyahu de ser um "manipulador" e de "mentir e enganar" o eleitorado, frisando que a ação do chefe do executivo israelita está a provocar danos "económicos, sanitários e sociais".

A votaçãofeita hoje constituiu apenas uma aprovação preliminar para pôr termo à aliança e forçar novas eleições no início do próximo ano.

O processo segue agora para um comité antes de chegar ao Parlamento para a aprovação final, o que deverá acontecer nas próximas semanas.

Até lá, Gantz e Netanyahu devem continuar as negociações para uma última tentativa para preservar a aliança.

Na conferência de imprensa,Netanyahu salientou que a atenção do Governo deve centrar-se na luta contra a pandemia, que, advertiu, "continua a representar uma ameaça".

Adiantando que poderão ser agravadas as atuais restrições para travar a propagação da covid-19 em Israel, que se tem mantido estável há mais de um mês, apesar de uma ligeira subida do número de novas infeções, Netanyahu prometeu que as primeiras vacinas vão chegar "em breve" ao país.

Outro dos argumentos do primeiro-ministro israelita para evitar a dissolução do Parlamento são as "ameaças à segurança" de Israel, que "representam sérios desafios e contribuem para agravar a atual situação".

A moção de censura da oposição e a respetiva dissolução do Parlamento terá de ser ratificada em três votações posteriores, com a medida a surgirnum contexto de divisões internas profundas na coligação governamental.

As próximas votações deverão ocorrer dentro de semanas, embora o Azul e Branco tenha a possibilidade de atrasá-las para exercer pressão para que Netanyahu aceite os termos do acordo de coligação e aprove o Orçamento do Estado, bianual, que, em agosto, quase levou o país para eleições.

Se o orçamento não for aprovado antes de 23 de dezembro, a Constituição obriga à dissolução imediata do Parlamento.

Leia Também: Israel. Deputados aprovam proposta preliminar para dissolver Parlamento

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