PM do Montenegro contra decisão de expulsar o embaixador sérvio
O primeiro-ministro designado do Montenegro protestou hoje contra a decisão do governo cessante de expulsar o embaixador sérvio do pequeno país das Balcãs, poucos dias antes da inauguração prevista de um novo gabinete pró-Sérvia.
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Mundo Montenegro
Zdravko Krivokapic escreveu na rede social Twitter: "Estes atos não estão no espírito do caminho europeu e da boa cooperação regional dos países amigos. O regime cessante, mesmo nos seus últimos dias, não se afasta da polarização da sociedade e do aprofundamento das divisões".
O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Montenegro alegou "uma longa e contínua ingerência nos assuntos internos de Montenegro" como motivo para ordenar ao embaixador sérvio que abandonasse o país.
Por seu lado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Sérvia disse hoje que respondeu de "forma recíproca" e proclamou o embaixador montenegrino na Sérvia de "persona non grata".
A disputa diplomática veio juntar-se às relações já tensas entre os dois Estados vizinhos das Balcãs, que faziam parte do mesmo país antes de um referendo de independência em 2006, o que levou a que o Montenegro se separasse.
O Montenegro continua profundamente dividido entre aqueles que procuram estreitar os laços com os aliados eslavos tradicionais da Sérvia e da Rússia e aqueles que veem o Montenegro como um Estado independente aliado com o ocidente.
O Partido Democrático dos Socialistas pró-Ocidente foi derrotado nas eleições de agosto por uma coligação pró-Sérvia, cujo governo deverá ser votado durante uma sessão parlamentar na próxima semana.
As autoridades cessantes acusaram a Sérvia de se imiscuir nas eleições e ajudar as forças políticas pró-Sérvias no Montenegro com o objetivo de instalar aliados no poder e recuperar a influência.
"O novo governo irá trabalhar para melhorar as relações de Montenegro com a Sérvia. Iremos promover uma política de vizinhança verdadeiramente boa com Belgrado, bem como com todos na região, sobre o princípio da soberania, independência e não ingerência nos assuntos internos de outros países", afirmou Krivokapic no tweet.
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