Abdul Nacer Benbrika, que defendeu junto dos seguidores ser correto matar mulheres e crianças no âmbito da "jihad" [guerra santa], foi detido em 2005, juntamente com 17 extremistas, por planear vários ataques durante uma partida de râguebi e num reator nuclear.
"Cancelei a cidadania australiana do terrorista condenado Benbrika, [tornando-o] no primeiro indivíduo a perder a cidadania no país", disse o ministro do Interior australiano, Peter Dutton, aos jornalistas, em Camberra.
De origem argelina, Benbrika já cumpriu a pena mínima de 12 anos, ao entrar na prisão em 2008, antes de ser libertado sob fiança.
No entanto, Dutton disse que o fundamentalista vai continuar na prisão, ao abrigo de um mandado provisório por estar ainda pendente um processo judicial do Governo para o manter atrás das grades.
Desde 2014, a Austrália aprovou várias leis contra o terrorismo islâmico, incluindo uma que permite a retirada da cidadania aos combatentes da dupla nacionalidade, que viajaram para o Médio Oriente para combater o grupo extremista Estado Islâmico (EI).
Desde então, as autoridades revogaram a cidadania de mais de uma dúzia de pessoas, incluindo o antigo chefe de recrutamento para o EI Neil Prakash, até 2018 o terrorista mais procurado no país.
Países como o Reino Unido e os Estados Unidos têm regras semelhantes para retirar a cidadania aos terroristas e aos condenados por crimes graves com dupla nacionalidade.
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