Senegal investiga doença de pele detetada em mais de mil pescadores
As autoridades senegalesas estão a investigar uma misteriosa doença de pele detetada em mais de mil pescadores desde o seu surgimento, há cerca de uma semana, na região de Dakar, afirmou hoje o ministro da Saúde do país.
© Reuters
Mundo Senegal
Para já as autoridades excluem o risco viral e de contágio da doença, uma vez que todos os casos relatados progrediram favoravelmente e sem complicações, tendo apenas uma pessoa entre as 1.004 detetadas sido hospitalizada.
Numa conferência de imprensa, o ministro Abdoulaye Diouf Sarr assinalou que as causas da doença, que cobriu os pescadores com borbulhas no rosto e membros, são ainda desconhecidas.
O ministro do Ambiente, Abdou Karim Sall, levantou a possibilidade de se tratar de uma alga.
"Não há casos secundários. Por outras palavras, não há contaminação, não é uma doença contagiosa [e] não há risco em relação ao consumo de peixe", afirmou o responsável pela pasta da Saúde do Senegal, citado pela agência France-Presse.
De acordo com o ministro da Saúde, "os resultados dos testes biológicos não revelaram uma causa infecciosa, mas estão em curso mais investigações".
Segundo o ministro do Ambiente, as amostras analisadas por um laboratório não revelaram qualquer infeção química ou tóxica da água ou dos peixes.
Os testes às algas recolhidas para análise ainda estão a decorrer. A possibilidade é reforçada por uma proliferação de algas, segundo os pescadores.
As análises a realizar pelo centro antivenenos da Universidade Cheik Anta Diop, em Dakar, estão agendadas para hoje ou quarta-feira.
Em cima da mesa está também a possibilidade de testar o combustível e as redes utilizadas na pesca.
Muitos pescadores têm-se queixado de uma redução na venda dos seus produtos, atribuindo-a a mensagens divulgadas nas redes e plataformas sociais, em que a população era aconselhada a não consumir peixe durante algum tempo.
As Nações Unidas estimam que a pesca é responsável por 53 mil empregos diretos e 540 mil indiretos no Senegal.
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