Especialistas da ONU consideram irregular a prisão de Carlos Ghosn
Especialistas sobre Direitos Humanos que trabalham com as Nações Unidos consideram que a prisão de Carlos Ghosn, antigo administrador da Renault-Nissan, no Japão foi irregular e pedem "compensações" ao governo de Tóquio.
© Getty Images
Mundo Carlos Ghosn
O Working Group Arbitrary Detention, formado por quatro especialistas, publicou hoje um artigo de opinião em que considera que a detenção de Ghosn pelas autoridades japonesas em 2018 foi "arbitrária" e pede ao governo do Japão para "tomar todas as medidas necessárias para solucionar a situação sem demora".
Os especialistas independentes pedem ainda ao Japão para iniciar "uma investigação" sobre a detenção de Ghosn,acrescentando que devem ser tomadas todas as medidas apropriadas contra os responsáveis pela violação dos direitos do antigo administrador executivo da Renault-Nissan.
O artigo de opinião, com 17 páginas, defende compensações e outras reparações de acordo com a lei internacional.
Com 66 anos e de nacionalidade francesa, libanesa e brasileira, Ghosn dirigiu a empresa de fabrico de automóveis Nissan durante duas décadas e foi detido em novembro de 2018 por má gestão, tendo sido também acusado de ter beneficiado dos bens da companhia.
Ghosn,que nega as acusações, fugiu do Japão em dezembro de 2019, encontrando-se em Beirute e sendo alvo de um mandado de captura da Interpol, apesar de a extradição do Líbano para o Japão não ser possível por falta de acordos entre os dois países.
Ghosnacusa executivos japoneses da Nissan de o terem derrubado para bloquearem o processo de integração total da empresa na francesa Renault SA.
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