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África CDC: Europa serve de exemplo sobre perigo da segunda vaga

O diretor do Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC) disse hoje que o exemplo da evolução da pandemia na Europa deve servir de alerta para o continente africano.

África CDC: Europa serve de exemplo sobre perigo da segunda vaga
Notícias ao Minuto

10:03 - 12/11/20 por Lusa

Mundo Covid-19

"A curva de transmissão da covid-19 aumentou até julho, depois desceu até setembro, estabilizou e agora está a subir, por isso pedimos aos líderes políticos que exerçam a sua liderança e implementem as políticas certas para podermos fazer descer os números", disse John Nkengasong, durante a conferência de imprensa semanal transmitida a partir de Adis Abeba em formato virtual.

"A Europa, na primeira vaga, tinha 27 mil contágios por dia, no pico da segunda vaga esse número subiu para 150 mil, por isso temos de perceber que quando a covid-19 volta, volta mais forte, com mais força, e não queremos estar nessa posição", acrescentou o responsável, lembrando que "África esteve muito bem enquanto continente e é preciso garantir que os ganhos alcançados nos últimos 10 meses não são anulados pela segunda vaga".

Durante a conferência de imprensa, John Nkengasong lançou um "forte apelo aos Estados para não baixarem os braços" e apontou: "estamos num momento muito crítico, em que conseguimos baixar a curva, mas temos de ser muito cuidados e ver o que se está a passar na Europa", referindo-se ao aumento do número de novos casos depois do abrandamento das medidas de contenção implementadas na primavera e no verão.

"Parece que estamos a ganhar ao vírus, por isso abrandamos as medidas e os números [de contágios] começam a subir outra vez", disse Nkengasong, defendendo que os responsáveis políticos "têm de manter a mensagem de aumentar os testes e continuar a usar máscara, mesmo que seja preciso subsidiar a compra de máscaras se os mais vulneráveis não tiverem dinheiro para as comprar".

A luta contra a propagação da covid-19, concluiu, "está longe de ser ganha e será vencida ou perdida ao nível comunitário".

África registou nas últimas 24 horas mais 318 mortos relacionados com a covid-19, aumentando para 46.272 o total de vítimas mortais do novo coronavírus, que já infetou 1.917.960 pessoas na região, segundo dados oficiais.

De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), nos 55 Estados-membros da organização registaram-se nas últimas 24 horas, mais 13.140 casos de infeção com o novo coronavírus.

O número de recuperados é agora de 1.622.252, mais 15.144 do que na véspera.

O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egito, em 14 de fevereiro, e a Nigéria foi o primeiro país da África subsaariana a registar casos de infeção, em 28 de fevereiro.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.275.113 mortos em mais de 51,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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