Azerbaijão e Arménia trocam acusações mútuas de provocação

Azerbaijão e Arménia trocaram hoje acusações mútuas de atos provocatórios que contribuíram para a escalada dos confrontos militares na região de Nagorno-Karabakh.

Novos confrontos entre Arménia e Azerbaijão com balanço total de 4 mortos

© Shutterstock

Lusa
16/10/2020 16:03 ‧ 16/10/2020 por Lusa

Mundo

Nagorno-Karabakh

As autoridades do Azerbaijão acusaram a Arménia de alargar o conflito de Nagorno-Karabakh, bombardeando uma outra região do país, uma alegação rejeitada por oficiais arménios.

Por seu lado, a Arménia também acusou as tropas do Azerbaijão de terem executado dois prisioneiros de guerra arménios, o que os oficiais azerbaijanos dizem ser uma "provocação".

As acusações mútuas acontecem no meio de intensos combates que duram há quase três semanas, apesar da tentativa russa de intermediar uma trégua, naquela que é a maior escalada de hostilidades entre os vizinhos do sul do Cáucaso em mais de um quarto de século.

O Ministério da Defesa do Azerbaijão disse que um míssil disparado pelas forças arménias atingiu Orduba, na região de Nakhchivan, no Azerbaijão, na quinta-feira, sem causar vítimas.

Contudo, a porta-voz do Ministério da Defesa da Arménia, Shushan Stepanian, disse que nenhum míssil foi disparado na região de Nakhchivan.

Hoje, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Arménia, Zohrab Mnatsakanyan, apresentou um vídeo que alegadamente mostra a execução de dois prisioneiros arménios por tropas do Azerbaijão, denunciando-o como uma prova da "barbárie" dos atos dos vizinhos.

O Ministério da Defesa do Azerbaijão já respondeu, dizendo que o vídeo é falso, "fabricado pelos arménios para atrair a atenção da comunidade internacional".

Nagorno-Karabakh pertence ao Azerbaijão, mas está sob o controlo de forças étnicas apoiadas pela Arménia, alimentando um conflito que dura há várias décadas e que entrou em escalada no passado dia 27 de setembro.

A Rússia, que tem um pacto de segurança com a Arménia, mas também cultivou laços de proximidade com o Azerbaijão, recebeu em Moscovo diplomatas de ambos os países, durante mais de 10 horas de negociações que terminaram com um acordo de cessar-fogo, no sábado, entretanto já violado por várias vezes e por ambas as partes.

No que foi visto por alguns analistas como um aviso à Turquia, de que Moscovo olha para a região do sul do Cáucaso como parte de seus interesses vitais de segurança, a marinha russa iniciou hoje manobras militares no Mar Cáspio.

A agência de notícias Interfax citou o almirante aposentado Viktor Kravchenko, ex-chefe do Estado-Maior da Marinha russa, dizendo que as manobras tinham como objetivo servir como um aviso de que a Rússia tem interesses estratégicos na região.

 

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