Turquia retira navio de exploração que estava na zona marítima de Chipre
A Turquia retirou hoje o seu navio de exploração de hidrocarbonetos Barbaros da zona marítima do Chipre, deixando de ter qualquer navio nas zonas económicas exclusivas (ZEE) que o Chipre e a Grécia reivindicam.
© Reuters
Mundo Turquia
De acordo com a página de trânsito marítimo "marinetraffic", o Barbaros já se encontra em águas internacionais, sem ter renovado o aviso para navegantes (navtex) - que indica onde irá estar um navio durante um período determinado - emitido em 18 de setembro e válido até 18 deste mês.
Com esta decisão, a Turquia permanece fiel à sua política de dar um passo para provocar e outro para acalmar os ânimos.
Foi o que aconteceu esta semana, quando o Governo turco decidiu retirar o navio Yavuz, no domingo, e o Oruc Reis de águas reivindicadas pelo Chipre e pela Grécia, ao mesmo tempo que anunciava, em conjunto com o "primeiro-ministro" da autoproclamada República Turca do Norte de Chipre (apenas reconhecida por Ancara), Ersin Tatar, a abertura da zona litoral de Varosha, em Famagusta, violando várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
A retirada do Yavuz aconteceu depois de o Conselho Europeu ter avisado a Turquia que tinha até dezembro para mudar de atitude no Mediterrâneo oriental se quisesse evitar sanções.
A União Europeia descreveu a retirada do navio Yavuz como um passo no sentido de reduzir as tensões entre o Chipre e a Turquia no Mediterrâneo oriental e manifestou a sua confiança de que serão tomadas mais medidas neste sentido.
No entanto, pouco depois, e após o anúncio da abertura da costa de Varosha, o alto representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, admitiu que a abertura desta zona costeira, classificada como zona militar, ia complicar os esforços para reduzir as tensões no Mediterrâneo oriental.
Desde que o Chipre começou a licitar a exploração de gás natural em águas ao sul da ilha, a Turquia - que mantém o norte de Chipre sob controle militar desde 1974 -- considerou a iniciativa como "unilateral" e tem respondido com o envio de navios próprios para exploração e perfuração geológica.
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