NATO apela a Turquia a "usar a sua influência" para acalmar tensões
O secretário-geral da NATO apelou hoje à Turquia, principal aliado do Azerbaijão, para "usar a sua influência para acalmar tensões" no conflito em Nagorno-Karabakh, entre separatistas arménios e forças do exército de Baku.
© Reuters
Mundo Nagorno-Kabarakh
"Eu espero que a Turquia use a sua influência para acalmar as tensões", afirmou hoje o secretário-geral da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Jens Stoltenberg, que falava numa conferência de imprensa em Ancara, onde também estava presente o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Mevlut Cavusoglu.
Para Jens Stoltenberg, "todos os lados devem parar imediatamente os ataques e caminhar no sentido de uma solução pacífica".
Mevlut Cavusoglu, cujo país defende o fim da "ocupação" de Nagorno-Karabakh pelos separatistas arménios, considera que a NATO deve também pedir "à Arménia para se retirar" do enclave e respeitar "a integridade territorial do Azerbaijão".
O ministro dos Negócios Estrangeiros turco acusou ainda a Arménia de "cometer crimes de guerra", ao atacar alvos civis.
A Arménia atacou vários alvos civis na manhã de domingo, incluindo as cidades de Tartar, Horadiz e Ganja, a segunda mais importante do Azerbaijão, denunciou o Governo do Azerbaijão.
No centro das deterioradas relações entre Erevan e Baku encontra-se a região do Nagorno-Karabakh, no Cáucaso do Sul onde há interesses divergentes de diversas potências, em particular da Turquia, da Rússia, do Irão e de países ocidentais.
Este território, de maioria arménia, integrado em 1921 no Azerbaijão pelas autoridades soviéticas, proclamou unilateralmente a independência em 1991, com o apoio da Arménia.
Na sequência da uma guerra que provocou 30.000 mortos e centenas de milhares de refugiados, foi assinado um cessar-fogo em 1994 e aceite a mediação do Grupo de Minsk, constituído no seio da OSCE, mas as escaramuças armadas permaneceram frequentes.
Em julho deste ano, os dois países envolveram-se em confrontos a uma escala mais reduzida que provocaram cerca de 20 mortos. Os combates recentes mais significativos remontam abril de 2016, com um balanço de 110 mortos.
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