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Beirute. Explosões deixam mais de 100 crianças com cancro sem tratamento

Explosões na capital do Líbano destruíram grande parte dos hospitais, deixando mais de uma centena de crianças sem acesso aos tratamentos.

Beirute. Explosões deixam mais de 100 crianças com cancro sem tratamento
Notícias ao Minuto

23:42 - 12/08/20 por Notícias ao Minuto

Mundo Explosões

As crianças com cancro que estavam a ser tratadas no Hospital St. George, em Beirute, lutam para continuar os tratamentos após as explosões brutais que ocorreram no porto da cidade, no dia 4 de agosto, reporta o The New York Times.

As explosões destruíram quatro hospitais na capital do Líbano, incluindo o de St. George - um dos maiores no país - deixando dezenas dos pacientes mais pequenos sem um local para receber tratamento.

Além da situação, que por si só já é dramática, muitas dessas crianças estavam no hospital quando as explosões atingiram o edifício. Algumas ficaram feridas e outras perderam os pais, que as acompanhavam.

"É difícil sabermos que esta é uma doença mortal, mas tratável e não podermos fazer nada por estas crianças porque está tudo destruído", disse o chefe do departamento de hematologia e oncologia pediátrica do hospital, Peter Noun.

Desde o dia das explosões, o médico passa o dia a visitar as casas destas crianças e os hospitais, para ver se estes conseguem albergar as cerca de 110 crianças, que necessitam de cuidados. Algo que não é possível, uma vez que os hospitais que restam em Beirute estão completamente sobrelotados, devido aos mais de seis mil feridos que o incidente fez.

Para complicar a situação, o número de casos de infeção pelo novo coronavírus está a aumentar, algo que suscita preocupação em Peter Noun, uma vez que as crianças podem contrair mais facilmente o vírus, devido aos tratamentos de quimioterapia que as deixa com um sistema imunitário mais frágil.

O médico conseguiu assegurar algumas vagas, num hospital fora da capital, para os seus pacientes que se encontram em estado mais crítico e a esperança é que os hospitais de campanha, que estão a ser construídos pelos governos estrangeiros, estejam prontos a tempo de tratar os restantes pacientes.

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