Atividade da China cresce em julho ao ritmo mais rápido em quase 10 anos

A atividade industrial da China cresceu em julho ao ritmo mais rápido em quase uma década, segundo o índice de gestores de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor manufatureiro, publicado hoje pela revista económica Caixin.

[MF]. The national flag flies from the top of the National Museum of China, opposite of the Great Hall of the People, prior to the opening ceremony of the National People's Congress (NPC) during sunrise in a polluted atmosphere in Beijing March 5, 2012.

© Reuters

Lusa
03/08/2020 08:45 ‧ 03/08/2020 por Lusa

Economia

Indústria

 

O PMI de julho atingiu os 52,8 pontos, o máximo desde janeiro de 2011, e já depois de ter subido aos 51,2 pontos, no mês passado.

Uma leitura acima dos 50 pontos indica crescimento da atividade do setor, enquanto uma leitura abaixo indica contração.

Na sexta-feira, o Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) informou que o PMI oficial do setor manufatureiro fixou-se nos 51,1 pontos, em julho, no quinto mês consecutivo de crescimento.

"No geral, os surtos em algumas regiões não prejudicaram a tendência positiva no setor manufatureiro, que continuou a recuperar, apesar das medidas adotadas para controlar a epidemia", disse Wang Zhe, economista da Caixin.

"Os níveis de oferta e procura melhoraram, com os indicadores a manter a dinâmica. No entanto, precisamos de continuar a prestar atenção à vulnerabilidade no mercado de trabalho e à procura externa", disse.

Segundo a consultora britânica Capital Economics, o PMI oficial, divulgado na sexta-feira, "apontou já para uma forte recuperação, no início do terceiro trimestre, mas o índice da Caixin, publicado hoje, é ainda mais otimista e indica que a taxa de expansão da indústria, no mês passado, foi a mais forte em quase uma década".

"Os dados da pesquisa são consistentes com a nossa opinião de que as políticas de estímulo abriram caminho a um período de crescimento acima da tendência na indústria e na construção", diz o economista Julian Evans-Pritchard, da Capital Economics, num relatório.

O analista acrescentou que "no curto prazo, isto deve ajudar a compensar a contínua fraqueza no consumo e nos serviços, permitindo que a economia como um todo retorne à normalidade de 'antes da guerra' [contra a epidemia]".

O país onde a pandemia do novo coronavírus começou, em dezembro, foi também o primeiro a repor a normalidade, a partir de março, depois de o Partido Comunista Chinês ter declarado vitória sobre a doença.

A indústria e outras atividades estão a regressar aos níveis anteriores à pandemia, mas a procura externa, no entanto, permanece moderada, à medida que a pandemia do novo coronavírus atingiu os mercados de exportação da China.

Os consumidores chineses, que perderam rendimentos, estão também relutantes em realizar grandes compras.

Nos primeiros seis meses do ano a economia chinesa contraiu 1,6%.

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