O inquérito vai ser realizado por estudantes, preferencialmente dos cursos de Engenharia e Arquitetura das universidades do Zambeze e Jean Piaget, ambas no centro de Moçambique, disse Francisco Pereira, diretor do Gabinete de Reconstrução Pós-Ciclones Idai e Keneth, citado hoje pelo diário Notícias.
O Idai atingiu o centro de Moçambique em março do último ano, provocando 604 mortos e a cidade da Beira, uma das principais do país, foi severamente afetada.
Para a reconstrução já estão disponíveis cerca de 100 milhões de dólares (88 milhões de euros), dos cerca de 600 milhões de dólares (527 milhões de euros) necessários, acrescentou Francisco Pereira.
O projeto de reconstrução pós-ciclone Idai, que prevê reabilitar e construir mais de 15 mil casas, vai obedecer o grau de vulnerabilidade de cada família, priorizando, entre outros, "as mulheres grávidas de baixa renda, crianças órfãs e chefes de família, idosos desamparados e doentes crónicos".
Segundo o cronograma, o Gabinete de Reconstrução vai submeter ao Conselho de Ministros, ainda este mês, o relatório de consulta pública e estudos do impacto ambiental e social do projeto.
"O dinheiro só entra se estas premissas forem garantidas", explicou Francisco Pereira, acrescentando que "nem toda a reconstrução será possível no prazo de cinco anos" como o previsto.
Além do Idai, ainda em 2019, Moçambique foi afetado pelo ciclone Kenneth, que causou destruição em Cabo Delgado e Nampula no mês de abril e fez 45 mortos.