Alexander Lukashenko, no poder desde 1994 neste país do leste situado nas fronteiras da União Europeia, manteve contactos durante o dia com diversos altos responsáveis para analisar a composição do futuro executivo, precisou a cadeia televisiva.
A remodelação governamental explica-se pela proximidade das eleições presidenciais e após Lukashenko ter desejado que "as pessoas, quer votem a favor ou contra, compreendam quem está empenhado na resolução dos problemas urgentes da sua vida, do desenvolvimento socioeconómico do nosso país".
A Bielorrússia anunciou a realização das próximas presidenciais para 09 de agosto, apesar da pandemia do novo coronavírus que também atingiu o país mas que Lukashenko optou por minimizar.
Lukashenko, 65 anos, já anunciou que se vai apresentar a um sexto mandato consecutivo. Dezenas de pessoas foram detidas nos últimos dias por terem participado em ações de protesto, e um líder da oposição, Mikola Statkevitch, foi condenado a 15 dias de prisão por envolvimento numa iniciativa anti-regime.
Statkevitch, candidato às eleições presidenciais de 2010, passou de seguida cinco anos na prisão por ter organizado manifestações que denunciavam uma fraude no escrutínio. A sua candidatura foi recusada para as eleições de agosto próximo. Um outro potencial candidato, o blogger Serguei Tikhanovski, também não foi autorizado a participar.
Os resultados das últimas quatro eleições presidenciais não foram reconhecidos pelos observadores da Organização para a segurança e cooperação na Europa (OSCE), que denunciaram fraudes e pressões sobre a oposição.