Harvey Weinstein, o antigo produtor de cinema e magnata de Hollywood caído em desgraça, atualmente a cumprir uma sentença de 23 anos de prisão, foi acusado de crimes de abuso sexual. Desta feita, deram entrada num tribunal de Nova Iorque, na passada quinta-feira, documentos que dão conta de mais quatro acusações. Uma das mulheres teria apenas 17 anos à altura dos acontecimentos.
Os alegados crimes sexuais terão ocorrido entre 1984 e 2013, em festivais de cinema como o de Cannes e o de Veneza. Sendo os crimes semelhantes aos que colocaram Harvey Weinstein atrás das grades.
A mulher que teria 17 anos na altura era aspirante a atriz quando, em 1994, o Weinstein a convidou para o seu quarto de hotel onde a "reteve, agrediu e abusou sexualmente e violou". Outra das acusações remonta a 1984, quando a mulher, na altura com 34 anos, foi encostada a uma porta e acariciada contra a sua vontade num quarto de hotal em Cannes, quando abordou o ex-produtor para começar uma carreira como realizadora de documentários.
A denúncia que diz respeito a 2008, dá conta de que o magnata se ofereceu para ajudar a carreira da mulher na altura com 38 anos e acabou por ser violada uns dias depois num apartamento e que a arruinaria caso contasse a alguém. A mais recente, em 2013, a mulher na altura com 26 anos conheceu Weinstein no Festival de Veneza e uns meses mais tarde, na sequência de uma audição foi forçada a praticar sexo oral.
Os advogados de Weinstein deram conta à BBC que o ex-produtor "pretende defender-se destas novas acusações anónimas".
Recorde-se que as acusações contra Weinstein começaram a emergir em outubro de 2017, pela mão do The New York Times. Pelo menos 80 mulheres desde então o acusaram de má conduta sexual, incluindo as atrizes Gwyneth Paltrow, Uma Thurman e Salma Hayek.
Harvey Weinstein foi considerado culpado de acto sexual criminoso em primeiro grau e de violação em terceiro grau e sentenciado a 23 anos de prisão em fevereiro deste ano.