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China ameaça retaliar caso Londres dê acesso a cidadãos de Hong Kong

A China ameaçou hoje retaliar contra o Reino Unido, depois de Londres ter prometido aos cidadãos de Hong Kong maior acesso ao território britânico, caso Pequim avance com uma controversa lei de segurança nacional na região semiautónoma.

China ameaça retaliar caso Londres dê acesso a cidadãos de Hong Kong
Notícias ao Minuto

13:44 - 29/05/20 por Lusa

Mundo Conflito

A China "tem o direito de reagir" caso Londres implemente aquela medida, afirmou Zhao Lijian, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China, em conferência de imprensa.

O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Dominic Raab, disse na quinta-feira que, se Pequim não voltar atrás, Londres vai mudar as condições associadas ao "passaporte britânico no exterior", emitido para os residentes de Hong Kong antes de o território ter sido devolvido à China, em 1997, tornando-o mais favorável.

Atualmente, este passaporte só permite uma permanência de seis meses no Reino Unido, um limite que seria removido, para permitir que os portadores procurassem trabalho ou estudassem no país por períodos extensíveis de 12 meses.

A lei de segurança nacional foi aprovada durante o encerramento da sessão anual do legislativo chinês, cujos cerca de 3.000 delegados são na maioria membros do Partido Comunista da China (PCC), partido único do poder no país asiático.

A lei proíbe "qualquer ato de traição, separação, rebelião, subversão contra o Governo Popular Central, roubo de segredos de Estado, a organização de atividades em Hong Kong por parte de organizações políticas estrangeiras e o estabelecimento de laços com organizações políticas estrangeiras por parte de organizações políticas de Hong Kong".

O artigo 23 da Lei Básica, a miniconstituição de Hong Kong, estipula que a cidade avance com legislação nesse sentido, mas tal revelou-se difícil, face à resistência da população de Hong Kong, que teme uma redução das suas liberdades.

Na China continental, os tribunais recorrem frequentemente à lei de segurança nacional, incluindo acusações como "separatismo" ou "subversão do poder do Estado", para prender dissidentes ou ativistas, que desafiam o domínio do Partido Comunista Chinês.

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