NATO pede à Rússia que cumpra Tratado de Céus Abertos

Os países da NATO insistiram hoje para que a Rússia volte a cumprir o Tratado de Céus Abertos, um acordo para a transparência no controlo das armas, e alguns manifestaram-se preocupados pela saída dos Estados Unidos deste pacto.

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Lusa
22/05/2020 19:13 ‧ 22/05/2020 por Lusa

Mundo

NATO

"O regresso da Rússia ao cumprimento é a melhor forma de preservar os benefícios do tratado", assinalou o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, no final de uma reunião de embaixadores do Conselho do Atlântico Norte, o principal órgão decisor da NATO, convocada devido às conversações em curso entre os aliados sobre o controlo das armas.

Na reunião, segundo a agência EFE, "vários aliados expressaram a sua preocupação pela ameaça de abandono do tratado por parte dos Estados Unidos".

"Mas todos os aliados estiveram de acordo quanto à importância do controlo das armas e à necessidade da Rússia voltar a cumprir o acordo", acrescentaram à EFE fontes dos países da Aliança.

Os EUA informaram na quinta-feira os parceiros internacionais que iriam retirar-se de um tratado que permite a mais de 30 países promover voos de observação desarmados sobre os respetivos territórios e que foi estabelecido há décadas para promover a confiança mútua, acusando Moscovo de não cumprir os termos do acordo.

O anúncio de retirada dos Estados Unidos prejudica as relações com a Rússia e deixou um rasto de desconforto em alguns aliados europeus, que beneficiam das imagens obtidas pelos voos ao abrigo do Tratado.

"Estamos completamente comprometidos com a preservação de um controlo de armas internacional eficaz, com o desarmamento e a não proliferação", realçou Jens Stoltenberg na sua declaração, assegurando que todos os aliados concordam que "todas as partes" do tratado "devem implementar por completo os seus compromissos e obrigações".

E acrescentou que "todos os aliados da NATO cumprem completamente todas as disposições do tratado".

O secretário-geral da NATO afirmou que a Rússia impõe há muitos anos restrições "inconsistentes" ao tratado, incluindo limitações a voos sobre a região de Kaliningrado, antigo território alemão, assim como restrições a voos sobre a Rússia próximos da fronteira com a Geórgia.

 

 

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