Angola fecha postos de combustível para evitar contrabando para RD Congo

A Sonangol, petrolífera estatal angolana, ordenou o encerramento, hoje, de 25 bombas de combustível privadas, no município do Soyo, província do Zaire, por suspeita de contrabando de gasolina e gasóleo para a República Democrática de Congo (RDC).

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Lusa
13/05/2020 19:55 ‧ 13/05/2020 por Lusa

Mundo

Angola

Os postos, que atendiam clientes com recipientes de 25 a 200 litros de combustível, habitualmente utilizados por contrabandistas, foram encerradas por representantes da Sonangol e da administração municipal.

Sobre a ação, a administradora do município do Soyo, Lúcia Tomás, citada pela agência noticiosa angolana, Angop, disse que o encerramento destes postos de abastecimento vai desencorajar os proprietários de outras bombas de abastecimento de combustível.

Para os cinco postos em funcionamento naquela localidade, a orientação é no sentido de venderem combustível apenas a utentes de viaturas e motociclos, no máximo das capacidades dos seus reservatórios, incluindo para os que compram para abastecer geradores, mediante certificado.

A responsável rejeitou o envolvimento de militares e polícias neste negócio ilegal e bastante lucrativo, tendo em conta que em Angola a gasolina e o gasóleo são vendidos a 160 kwanzas e 135 kwanzas, respetivamente (0,26 e 0,22 cêntimos de euros), preços que na vizinha RD Congo chegam a quadruplicar.

O défice na fiscalização ao longo da fronteira entre o Soyo, com vários canais fluviais e ilhas habitadas ao longo do curso do rio Zaire, e a localidade congolesa de Mwanda, facilita o tráfico de combustível, o que constitui uma grande preocupação para as autoridades angolanas. 

Numa visita recente àquele município, o Comandante-geral da Polícia Nacional, Paulo de Almeida, prometeu reforçar os meios técnicos e recursos humanos ao longo da fronteira fluvial desta região com a RD Congo.

Paulo de Almeida admitiu que a fronteira fluvial que separa o Soyo da RD Congo é bastante vulnerável devido à sua extensão, permitindo que cidadãos congoleses violem constantemente a linha divisória para fins comerciais, sobretudo de combustível.

Esta semana, as autoridades policiais anunciaram a descoberta de grandes quantidades de combustíveis, armazenadas em um estaleiro de uma empresa chinesa, no Soyo, proveniente de Luanda e que tinha como destino a RD Congo. 

A província petrolífera do Zaire, no norte de Angola, partilha com a região congolesa do Congo Central 310 quilómetros de fronteira, das quais 120 terrestre e 190 fluvial.

 

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